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O conselho da UnitedHealth Group (UHG) aprovou nesta tarde a venda da Amil para o empresário José Seripieri Filho. Segundo fontes próximas à operação, o negócio foi fechado por R$ 11 bilhões, sendo R$ 9 bilhões destinados à assunção do passivo – composto em 60% por dívida tributária – e R$ 2 bilhões em equities.
A negociação entre UHG e o empresário estava em curso há mais de um ano, mas ganhou tração nos últimos dias. Outros players também haviam apresentado propostas pela operadora de saúde: Nelson Tanure (Alliança Saúde, ex-Alliar), a família Godoy Bueno (Dasa), fundo Bain Capital, Coruja Capital, liderada pelo ex-vice-presidente do Itaú Unibanco, Márcio Schettini, e Advent.
Junior, fundador da Qualicorp e da QSaúde, assume um dos maiores players do Brasil, mas com uma situação financeira fragilizada. Em 2022 a operadora teve receita de R$ 21,9 bilhões (ou R$ 15,2 bilhões de janeiro a setembro deste ano) e um prejuízo de R$ 1,65 bilhão.
A Amil já vinha em dificuldades nos últimos anos da década passada, mas o quadro se agravou durante a pandemia, quando os planos de saúde viram a sinistralidade disparar, assim como a inflação médica e o número de fraudes.
O UHG vem buscando uma solução para a Amil há anos. Quando tentou se desfazer da carteira de planos individuais, em 2022, pagou R$ 2,3 bilhões ao comprador para se livrar do problema, mas a ANS ordenou que a empresa desfizesse o negócio e reassumisse a operação.
Assessorado pelo BTG, o UHG tem sede nos Estados Unidos e atende a cerca de 140 milhões de pessoas em mais de 130 países. A empresa comprou a Amil por quase R$ 9,92 bilhões em 2012, dos quais R$ 6,49 bilhões foram para os controladores (a família Godoy Bueno) e o restante, para fechar o capital da empresa na bolsa brasileira.