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Brasil, Argentina e Paraguai vão produzir na safra 2023/24 pouco mais de 217 milhões de toneladas de soja. Juntos, os países vão adicionar 22,55 milhões de toneladas (11,6%) à produção global, ampliando o domínio do bloco sul-americano na oferta mundial do grão.
Na safra passada, os três países detinham 52% da produção mundial de soja. Agora, os dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostram que a região ficará com uma fatia de 54%, roubando espaço dos Estados Unidos, que reduzirá sua parcela de 31% para 28%.
A grande responsável por dar ainda mais força aos países da América do Sul é a Argentina. Depois de sérios problemas climáticos na última safra, que reduziram a produção a 25 milhões de toneladas, as condições atuais têm se mostrado favoráveis às lavouras.
Em seu último relatório, o USDA elevou em 2 milhões de toneladas a estimativa para a produção na Argentina. A expectativa é que os produtores do país vizinho colham 50 milhões de toneladas e abocanhem uma fatia de 13% da oferta global.
Ainda que menor, o Paraguai dará sua contribuição para América do Sul. O USDA adicionou 300 mil toneladas à sua estimativa, que, agora, passa a ser de 10,3 milhões de toneladas na safra 2023/24. No ciclo anterior, a produção paraguaia foi de 9,75 milhões de toneladas.
Argentina e Paraguai estão ocupando o espaço aberto pelo Brasil na oferta global. Ainda que lidere com folga a produção mundial, o país vai reduzir seu peso por conta dos problemas climáticos gerados pelo El Niño no ciclo 2023/24.
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O USDA cortou 4 milhões de toneladas da sua expectativa de produção do Brasil para a safra 2023/24, acompanhando o movimento indicado pela Conab. O novo número indica uma colheita de 157 milhões de toneladas, volume 2% inferior à safra passada. Assim, o país reduz de 43% para 39% sua participação na oferta global de soja.
Ainda que perca espaço na produção, o Brasil segue no domínio do comércio internacional. A expectativa é que o país exporte 99,5 milhões de toneladas no ciclo 2023/24, pouco mais de 4% do que o embarcado na safra anterior.
Depois de ter superado a Argentina no ano passado, o Paraguai vai manter suas vendas externas em 6,3 milhões de toneladas. Já a Argentina terá um incremento de 400 mil toneladas e exportará 4,6 milhões de toneladas na safra 2023/24.
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Nesse contexto, a América do Sul será responsável por 65% do comércio internacional de soja, ampliando em três pontos percentuais seu domínio em relação à safra passada. Já os Estados Unidos perderão espaço e reduzirão sua fatia de 32% para 28%.
A expectativa do USDA é que as vendas externas americanas somem 47,76 milhões de toneladas. O volume representa uma redução de quase 12% em comparação à safra anterior. Em termos absolutos os Estados Unidos deixará de exportar 6,5 milhões de toneladas, o equivalente a duas vezes a produção da União Europeia.
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