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Compras de Natal: Amazon reforça estratégia de “última milha” para entregas em um dia

Operação de empresas de varejo conta com motocicletas, vans, veículos de passeio e até mesmo barcos - tudo para chegar mais rápido ao consumidor

Iuri Santos

Rafael Caldas, líder da Amazon Logistics no Brasil. (Foto: Divulgação/Amazon)
Rafael Caldas, líder da Amazon Logistics no Brasil. (Foto: Divulgação/Amazon)

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Encarar as intermináveis filas dos comércios nos dias que antecedem o Natal já não é a realidade de muitos brasileiros. A logística de proximidade para cumprir prazos de entrega cada vez mais curtos se tornou uma das prioridades no varejo em gigantes como a Amazon.

“Uma tendência imutável no mercado de e-commerce é o prazo de entrega”, diz o líder da Amazon Logistics no Brasil, Rafael Caldas. Na Amazon, ressoa a ideia do fundador Jeff Bezzos de que se há algo que o consumidor nunca reclamará é a velocidade com a qual o seu produto chega em casa.

Nos últimos anos, os investimentos na etapa final de entrega, chamada “last mile” (última milha, na tradução para português), entraram no centro da estratégia de expansão da Amazon e de suas concorrentes no Brasil.

“Em qualquer empresa de e-commerce hoje, o maior custo de operacionalização do produto é logístico e, dentro do custo logístico, o maior é em last mile”, afirma Caldas. Mercado Livre (MELI34) e Magazine Luíza (MGLU3) são algumas das principais concorrentes no ramo e que também têm reforçado suas estratégias de entrega rápida.

De olho na tríade da competição no varejo composta por preço, sortimento de produtos e velocidade entrega, a disputa é cada vez mais acirrada. Em setembro deste ano, a chinesa Shopee passou a fazer entregas em até um dia para a cidade de São Paulo.

Tudo retoma a constatação de Bezzos: as pessoas querem entregas cada vez mais rápidas. Segundo uma pesquisa da Intelipost, divulgada pelo E-Commerce Brasil, o prazo ideal de entrega para 41% dos consumidores brasileiros é de 2 dias.

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Parte dessa velocidade de entrega passa pela última milha: aquela parcela da operação que estoca produtos em estações menores com base em inteligência. O sortimento distribui as potenciais vendas com base no comportamento dos consumidores de uma região e a demanda por eles.

É um tipo de operação que conta com modais como motocicletas, vans, veículos de passeio e, no caso da Amazon, até mesmo barcos em regiões cortadas pelo Rio Amazonas.

No caso da Amazon, são mais de 130 estações de entrega e 10 centros de distribuição espalhados pelo país.

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“Em países em que o e-commerce é mais desenvolvido, é possível ver de forma muito clara os estágios de desenvolvimento”, diz Caldas. “Primeiro, vem os grandes armazéns centralizados de uma a três das maiores cidades daquele país. Depois, começa a regionalização, com armazéns medianos, e, depois, ainda menores e muito próximos às casas dos clientes, às vezes com produtos de consumo essencial.”

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.