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Alupar entra na comercialização de energia com foco em clientes de média tensão

Companhia quer aproveitar abertura para expandir portfólio, atualmente concentrado em geração e transmissão

Gabriela Ruddy Agência Eixos

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O grupo Alupar vai estrear na comercialização de energia elétrica no mercado livre brasileiro com o lançamento da Alup. A companhia terá foco em clientes de média tensão, na esteira da abertura do mercado livre de energia a todos os consumidores com demanda acima de 500 quilowatts-hora (kW) a partir de janeiro de 2024.

“Acreditamos que a comercialização nos permitirá explorar novos nichos, aumentar nossa presença no mercado e desenvolver expertise para oferecer soluções mais completas e integradas aos clientes”, diz o diretor de Negócios em Energia da Alupar, Eduardo Pires

No mercado livre, o cliente pode negociar a compra da energia elétrica que consome diretamente com a geradora ou com uma comercializadora, deixando, portanto, de contratar a energia fornecida pela concessionária de distribuição local.

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Como sua empresa pode aproveitar o mercado livre de energia

A holding brasileira atua na geração e transmissão de energia em quatro países na América do Sul.

Geração e transmissão

Na geração, a Alupar opera usinas hidrelétricas de grande e pequeno porte, eólicas e fotovoltaicas no Brasil, Colômbia e Peru, com uma capacidade instalada de cerca de 800 megawatts (MW). Já na transmissão, tem 35 concessões de linhas no Brasil, uma na Colômbia e uma no Chile, com 8.805 km de extensão ao todo.

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A Alup vai negociar no mercado livre a energia com certificação da origem a partir de fontes renováveis.

Há intenção também de fornecer soluções complementares, com base nas necessidades dos clientes. Segundo Pires, a companhia quer fechar parcerias estratégicas para agregar valor aos consumidores, com ofertas de produtos complementares à energia.

“Nossa meta é criar um ecossistema colaborativo que beneficie todos os envolvidos e amplie nosso alcance no mercado”, afirma.

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Para estabelecer uma base inicial de clientes, a companhia vai investir em campanhas de mídia online e offline.

Eduardo Pires, Diretor de Negócios em Energia ALUP

Análise de dados

De olho na abertura do mercado a mais consumidores esperada para a próxima década, a estratégia vai ser investir em capacidade de análise de dados para captar as tendências do mercado.

“Buscaremos desenvolver conhecimento em customer experience [experiência do cliente], garantindo que nossa equipe esteja bem preparada para atender às necessidades e expectativas dos clientes de maneira eficiente e personalizada”, explica Pires.

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O Brasil tem 202 mil unidades consumidoras que podem ingressar no mercado livre, das quais 48 mil já fizeram essa opção até o final de junho de 2024, de acordo com levantamento da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) a partir de dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

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Do total, cerca de 27 mil solicitaram a migração este ano, depois da abertura do mercado livre a todos os clientes de média e alta tensão a partir do início deste ano. O movimento tem levado diversas empresas do setor de energia a expandir a atuação para a comercialização varejista.

Na visão do diretor da Alupar, para manter um ambiente concorrencial saudável no mercado livre é importante garantir que os players do mercado tenham saúde financeira.

Segundo ele, nesse sentido, foi importante a decisão da Aneel que atualizou os valores de patrimônio líquido e limites operacionais mínimos das comercializadoras varejistas para 2024.

“É crucial continuar a avaliação das condições econômicas das empresas, garantindo que todas estejam em pé de igualdade para competir de maneira justa e sustentável”, diz.

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