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David Beckham é o novo embaixador internacional do AliExpress, o braço internacional do grupo chinês Alibaba. Segundo a empresa, esta é sua maior parceria global de marca até o momento.
O anúncio desta segunda (27) foi feito em meio a uma guerra entre as empresas “made in China” em busca de território no mercado internacional.
A Temu, por exemplo, está ganhando popularidade nos mercados ocidentais rapidamente. Neste ano, a empresa não poupou verba de publicidade ao fazer um anúncio no intervalo do Super Bowl, a decisão da NFL, um dos minutos mais caros da televisão norte-americana.
Recentemente, a Temu ingressou no mercado brasileiro por meio do programa Remessa Conforme, o mesmo utilizado pelas chinesas Shein e Shopee para ter isenção do imposto de importação na venda de produtos até US$ 50 (R$ 250).
O AliExpress não revelou quanto vai pagar a Beckham para ser seu embaixador global. O valor deve se somar a estratégia de patrocínio esportivo da empresa, que se juntou a outras marcas para anunciar na Euro 2024, torneio de seleções da Uefa, que começa em meados de junho.
“O AliExpress está investindo milhões de euros em descontos, ofertas e engajamento durante os jogos”, disse a empresa em comunicado, acrescentando que as promoções planejadas incluem a chance de os usuários do aplicativo AliExpress ganharem ingressos para jogos.
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Os patrocinadores chineses da Euro 2024 incluem a Alipay, afiliada do Alibaba, a empresa de carros elétricos BYD, a marca de eletrodomésticos Hisense e a Vivo. A Hisense se tornou a primeira patrocinadora chinesa do campeonato europeu em 2016, enquanto as outras três assinaram em 2020.
Números internacionais
A Alibaba também fez grandes investimentos no Oriente Médio e em outros mercados emergentes nos primeiros três meses do ano, disse Jiang Fan, copresidente e CEO da unidade internacional, em uma teleconferência de resultados no início deste mês.
As vendas da unidade internacional do Alibaba aumentaram 45% ano a ano nos primeiros três meses de 2024, para 27,45 bilhões de yuans (US$ 3,79 bilhões). Esse dado contrasta com o crescimento de 4% na receita focada na China, para 93,22 bilhões de yuans (US$ 12,87 bilhões), segundo o portal americano CNBC.
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No entanto, a unidade de negócios internacionais relatou um aumento nas perdas também, para 4,1 bilhões de yuans (US$ 565 milhões), em comparação com 2,2 bilhões de yuans (US$ 303 milhões) um ano antes.