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A rede de revendas de insumos agrícolas Agrológica não escapou das turbulências que sacudiram esse mercado no país – e no mundo – na safra 2022/23. Sua oitava loja começou a operar há cerca de 90 dias no município de Canarana. Mas novas unidades virão provavelmente só a partir de 2025.
A empresa continua a trabalhar para ampliar o volume de vendas, mas preservando suas margens, num ano de queda dos preços dos grãos e de produtos como fertilizantes e defensivos.
A oitava loja da rede ainda não foi inaugurada oficialmente, mas já colaborou para o aumento do faturamento da empresa em 2022/23. Na temporada encerrada no fim de junho, o faturamento da Agrológica alcançou pouco mais de R$ 700 milhões, ante R$ 512 milhões em 2021/22. Para 2023/24, o objetivo é repetir os R$ 700 milhões.
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Segundo Antonio Henrique Botelho Lima, sócio-diretor da rede, estão mantidos os planos de ampliar a rede para dez unidades até a temporada 2025/26, quando a companhia projeta faturar R$ 1 bilhão.. Cada nova loja da Agrológica exige aportes entre R$ 500 mil e R$ 600 mil.
“Para agricultores que fizeram investimentos elevados para crescer nos últimos anos, como em máquinas e silos, o cenário ficou mais difícil depois do aumento de custos e da queda de preços dos grãos na safra 2022/23. Isso tem reflexos sobre o mercado de insumos e nas nossas análises de crédito, por exemplo. A safra 2023/24 será desafiadora, mas as perspectivas de longo prazo continuam positivas para o agro brasileiro”, disse Botelho Lima ao IM Business.
Apesar de a situação ter ficado mais difícil no campo em 2022/23, a taxa de inadimplência dos clientes da Agrológica, formada por cerca de 900 agricultores que plantam soja, milho, algodão e sorgo, permaneceu baixa. Segundo o executivo, menos de 1% dos produtores de soja renegociaram contratos firmados com a rede. E com o reforço da emissão, em 2022, de um Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) que poderá chegar a R$ 75 milhões em quatro, a companhia continua financiando compradores.
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Para “segurar” a rentabilidade dos negócios, Botelho Lima afirmou que a Agrológica também vai elevar a aposta nas vendas de insumos biológicos, cuja demanda continua aquecida no país. Atualmente, os biológicos representam 7% da receita obtida com a comercialização de insumos, que costuma representar 75% do faturamento total da companhia – os demais 25% são obtidos com operações de “barter” (troca de insumos por colheitas futuras).
Das vendas de insumos, 55% são provenientes dos defensivos, área de negócios fortalecida com um acordo comercial firmado com a Syngenta, em 2015. Os produtos da multinacional de origem suíça, mas controlada por capital chinês, respondem pela grande maioria das vendas de defensivos da Agrológica.
A confiança da rede para os negócios no médio e longo prazo decorre, em boa medida, do avanço contínuo da produção agrícola em Mato Grosso, que lidera a colheita brasileira de grãos. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) calcula a safra 2023/24 de grãos do país em 322,8 milhões de toneladas, 101 milhões das quais colhidas no Estado do Centro-Oeste.
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