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A AgroGalaxy, dona de uma das maiores redes de insumos agrícolas do país, informou ao mercado, durante o Carnaval, que está discutindo com credores relevantes titulares de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) uma “potencial dispensa relativa” do cumprimento do índice financeiro (dívida líquida/Ebitda) contratualmente estabelecido entre as partes em duas emissões.
O covenant de alavancagem definido previa uma relação abaixo de 3 vezes em 31 de dezembro. No fim do terceiro trimestre do exercício, o índice estava acima de 4 vezes. Em 30 de setembro, a empresa alongou dívidas no valor de R$ 839 milhões, e em dezembro anunciou uma injeção de R$ 188 milhões por parte de Fundos de Investimento em Participações Multiestratégia (FIP) geridos por sua controlada Aqua Capital.
Prejudicada pela conjuntura adversa gerada por fortes oscilações dos preços de fertilizantes e defensivos e pela queda dos preços dos grãos, a AgroGalaxy viu sua receita líquida recuar 14,7% de janeiro a setembro do ano passado ante igual período de 2022, para R$ 6,986 bilhões. Na mesma comparação, o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 82,8%, para R$ 60,5 milhões, e a companhia fechou o período com prejuízo de R$ 442,5 milhões.
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Os CRAs envolvidos na negociação são da 79ª emissão (série única) e da 82ª emissão (1ª, 2ª e 3ª séries). Representam uma dívida da ordem de R4 650 milhões, que pode ter sua liquidação antecipada pelos credores caso não aceitem a quebra do covenant.
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