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Agência federal dos EUA faz alerta à Boeing sobre pedais de leme emperrados

Investigações preliminares sugerem que leme emperrado durante um voo foi resultado da umidade que entrou no equipamento atuador e congelado antes do pouso; ninguém se feriu por conta da falha

Roberto de Lira

Logo da Boeing na lateral de um 737 MAX, no Reino Unido (Foto: Peter Cziborra/Reuters)
Logo da Boeing na lateral de um 737 MAX, no Reino Unido (Foto: Peter Cziborra/Reuters)

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A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos emitiu um alerta de segurança para alguns aviões Boeing, citando os riscos potenciais de movimentos de leme emperrados.

A agência destacou um evento recente envolvendo uma aeronave 737 Max, quando a tripulação não conseguiu mover os pedais do leme durante o pouso. De acordo com o relatório, descobertas sugerem que o leme emperrado ou com restrição foi resultado da umidade que havia entrado anteriormente no equipamento atuador e congelado durante o voo.

De acordo com o gravador de dados de voo, o conselho diz que a tripulação aplicou aproximadamente 32 libras de força nos pedais do leme antes do pouso, o que não produziu nenhum efeito perceptível na posição ou rumo do leme.

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Não houve danos ao avião ou ferimentos aos 155 passageiros e seis tripulantes, de acordo com uma investigação do National Transportation Safety Board (NTSB). Mas o órgão de segurança pediu que a Boeing a desenvolva uma “resposta apropriada da tripulação de voo” além de apenas aplicar a força máxima do pedal.

Além disso, o conselho pediu ao fabricante da aeronave que notificasse as equipes que operam os 737 de que o sistema de controle do leme pode travar devido à umidade que se acumulou dentro dos atuadores e ficar congelado.

O site The Hill diz que, após a investigação do conselho, a Collins Aerospace – uma fabricante aeroespacial que fornece para a Boeing – determinou posteriormente que um rolamento selado foi montado incorretamente durante a produção, deixando um lado mais suscetível à umidade, que pode congelar e limitar o movimento do sistema do leme.

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A Collins notificou a Boeing de que mais de 353 atuadores entregues pela Collins à Boeing desde fevereiro de 2017 foram afetados por essa condição.

A notícia do alerta da FAA chega apenas quatro dias depois que os legisladores pediram ao Departamento de Justiça que investigasse os executivos da Boeing por colocarem o lucro acima da segurança. A empresa esteve sob intenso escrutínio no ano passado após um incidente em janeiro, quando um painel de porta descolou no meio do voo durante uma viagem da Alaska Airlines.

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