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As ações da FedEx (FDXB34) dispararam após a empresa anunciar que planeja desmembrar sua divisão de frete em uma empresa pública separada, uma medida que avançará a iniciativa do CEO Raj Subramaniam para simplificar a gigante de encomendas.
A FedEx vai separar a unidade que lida com cargas maiores nos próximos 18 meses, conforme declarado em um comunicado na quinta-feira (19). A divisão independente, FedEx Freight, ajudará a melhorar “foco operacional, responsabilidade e agilidade”, disse a empresa em um comunicado. A FedEx Freight gerou US$ 9,4 bilhões no ano passado, enquanto o restante da empresa arrecadou US$ 78,3 bilhões no exercício fiscal de 2024.
A criação de duas empresas separadas também vai desbloquear valor para os acionistas, afirmou a FedEx, atraindo “bases de acionistas distintas”.
Os investidores estão entusiasmados com a perspectiva de a FedEx criar um novo concorrente para as empresas de transporte Old Dominion Freight Line e XPO. As ações dessas empresas dispararam nos últimos anos, à medida que o crescimento do comércio eletrônico aumentou a demanda por serviços de transporte e logística. Um desinvestimento poderia adicionar US$ 79 em valor por ação, disse o analista Jairam Nathan, da Daiwa, em uma nota.
As ações da FedEx subiram até 13% nas negociações após o fechamento em Nova York. As ações haviam ganho cerca de 9% neste ano até o fechamento de quinta-feira, ficando atrás do avanço de aproximadamente 23% do índice S&P 500.
As duas empresas manterão acordos comerciais e continuarão a trabalhar juntas. Em junho, a FedEx informou que estava revisando o negócio de frete, alimentando as expectativas de que poderia ser desmembrado ou vendido. O Goldman Sachs está atuando como consultor financeiro da FedEx, enquanto o Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom está fornecendo assessoria jurídica.
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A Bloomberg Intelligence estima que a unidade de frete tenha um valor de mercado superior a US$ 30 bilhões (cerca R$ 184 bilhões).
Demanda fraca
A transação amplamente antecipada foi anunciada enquanto a empresa revisava sua previsão de lucro para o ano, citando a fraqueza contínua da demanda nos EUA em sua unidade Express.
Os lucros ajustados no exercício fiscal de 2025 serão de US$ 19 a US$ 20 por ação, abaixo da previsão anterior da FedEx de US$ 20 a US$ 21 por ação, informou a empresa em um comunicado separado que anunciou lucros do segundo trimestre que superaram as estimativas de Wall Street. O ponto médio da nova faixa está aproximadamente em linha com a média de US$ 19,48 das estimativas dos analistas compiladas pela Bloomberg.
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O lucro ajustado do segundo trimestre foi de US$ 4,05 por ação, em comparação com a média de US$ 3,98 das estimativas dos analistas compiladas pela Bloomberg. A empresa atribuiu o superávit de lucros do segundo trimestre a economias contínuas de sua iniciativa de eficiência, que, segundo afirmou, contrabalançou a receita de frete abaixo do esperado.
A perspectiva mais sombria mostra como a FedEx continua a lutar contra a demanda de pacotes em queda, que afetou toda a indústria, à medida que clientes com dificuldades financeiras gastam em serviços em vez de produtos e optam por opções de entrega mais lentas e baratas em vez de remessas expressas mais lucrativas.
A indústria de transporte ainda está tentando se recuperar de uma recessão prolongada no frete provocada por um excesso de capacidade que entrou no mercado durante a pandemia, quando a demanda elevada dos consumidores por entregas fez com que as tarifas disparassem.
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Subramaniam está tentando fortalecer a empresa para lidar melhor com a demanda enfraquecida, combinando a unidade Express da empresa, que envia pacotes por via aérea, com sua rede de entrega terrestre.
Ele também está tentando recuperar negócios perdidos decorrentes da expiração de seu contrato com o Serviço Postal dos EUA, que a empresa afirmou representar um obstáculo de US$ 500 milhões no segundo trimestre. A agência transferiu sua carga aérea para a rival UPS para compensar a perda de volume, e a FedEx reduziu suas horas de voo diurno em 60%.
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