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Accenture inaugura em São Paulo seu primeiro ‘estúdio de IA’ da América Latina

Espaço recebeu 15 empresas na terça-feira (7) e colheu relatos de CEOs

Iuri Santos

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Na entrada, um robô que simula um cachorro recebe os anfitriões, seguido das boas-vindas de uma assistente virtual projetada em um painel de LED. Por dentro, pilares que projetam imagens geradas por inteligência artificial sob comando dos convidados e três cases de uso de IA generativa expostos. É com essa estrutura que a Accenture quer atrair empresas para o seu Gen AI Studio, na região do Brooklin, em São Paulo.

O espaço é o primeiro da América Latina e se soma ao grupo de outros 25 estúdios espalhados pelo mundo. Inaugurado na última terça-feira (7), ocupa o mesmo espaço do hub de inovação da companhia. Pela manhã do dia de abertura, foram recebidos cerca de 15 executivos, em maioria CEOs, antes do evento destinado a jornalistas. Nos dois períodos, executivos internacionais da Accenture participaram do evento.

Case de uso de IA e realidade aumentada para “entrar” em um carro da Lamborghini junto ao piloto e colher dados (Foto: Divulgação/Accenture)

“O que eu ouvi dos executivos brasileiros hoje [sobre IA generativa] é o mesmo que costumo ouvir em outras viagens. Eles estão tentando algumas aplicações, mas querem saber como realmente escalar”, diz Vivek Luthra, líder de data e IA da Accenture para mercados em crescimento, ao IM Business. “Os executivos brasileiros estão agora tentando avançar da IA para a incorporação de IA generativa, mas cautelosamente. Eles estão tentando balancear velocidade e reputação”.

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Riscos reputacionais associados a viés, alucinação, propriedade intelectual, privacidade e segurança, força de trabalho e gasto energético são os principais listados pela Accenture. Um estudo da própria consultoria aponta que 98% das empresas possuem alguma iniciativa de IA generativa rodando, embora 95% ainda esteja na primeira etapa de implementação segura, segundo o passo a passo sugerido pela consultoria.

“Pelo que ouvi hoje, o Brasil está basicamente no mesmo pote que vários dos países que tenho acompanhado. Estão todos pensando na escala de hardware a partir daqui”, diz Luthra. Além do mais, diferentes setores, comparativamente, podem estar mais avançados em uma ou outra região. Ainda que os bancos, por exemplo, tenham grande capacidade de investimento em tecnologia e integrem um sistema avançado no Brasil, questões regulatórias ainda inviabilizam que a sua maturidade em níveis de uso de IA se compare à da Austrália.

O Gen AI Studio faz parte de uma estratégia da Accenture lançada em Davos, mirando a expansão da sua capacidade em conectar clientes com especialistas, parceiros, empreendimentos e outros investimentos estratégicos. A expectativa é investir US$ 3 bilhões em dados e IA, alocados de setembro de 2023 até agosto de 2026, período em que espera saltar dos atuais 50 mil profissionais especializados em IA para 80 mil.

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Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.