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A viagem que fez o CEO da Cogna – de Anhanguera e Anglo – mergulhar na IA generativa

Empresa está entre as 4% que já possuíam projeto relacionados a IA generativa em 2023, segundo o Gartner.

Iuri Santos

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Um grupo de executivos da Cogna Educação (COGN3) aproveitou a viagem à SXSW, uma das principais feiras globais de inovação, para marcar alguns de seus compromissos anuais: conversar com as fornecedoras de tecnologia Amazon (AMZO34) e Microsoft (MSFT34). As duas reuniões nas semanas que antecederam o evento foram o suficiente para que Roberto Valério, CEO da companhia, voltasse convencido a cair de cabeça no tema do momento.

Há poucos meses daquela viagem, que ocorreu em março de 2023, a OpenAI havia lançado a bomba que definiu a pauta de toda a indústria pelos anos que seguiriam: com seu ChatGPT, popularizou o conceito de inteligência artificial generativa. “As palestras eram todas sobre isso. Voltei para o resto do time e disse que aquele negócio era muito maior do que imaginávamos”, diz Valério.

Na volta para o Brasil, Valério tomou o chapéu de gerente do primeiro projeto de IA generativa na companhia, estruturado em um pequeno grupo e depois levado a todas as áreas da companhia.

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Daquela sequência de reuniões até hoje, são mais de 100 projetos envolvendo IA generativa sendo idealizadas, em andamento ou concluídas na empresa, o que levou a Cogna a ser reconhecida entre 4% das empresas que já tinham projetos de IA generativa ainda em 2023, segundo o Gartner.

Entre os casos de uso, a companhia desenvolveu uma plataforma que permite aos professores de escolas que contratem o material elaborar automaticamente planos de aula após indicar o tema da disciplina ao robô. Usada em correções de exercícios, a ferramenta, segundo a Cogna, permite ao professor revisar oito questões na mesma velocidade em que antes corrigia uma.

O motor da inteligência artificial é treinado por um enorme banco de dados de anos de conteúdos didáticos de marcas da Cogna, como livros publicados pela editora Saraiva ou materiais produzidos pelo Anglo. Refinar o modelo para que suas respostas sejam adequadas, sem alucinações ou risco de marca, no entanto, demora de três a quatro meses.

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Outro caso de uso reduz a velocidade com que documentos são analisados na rede de faculdades da companhia, como a Anhanguera. A tecnologia tem sido usada para reduzir em até cinco vezes o tempo de processamento dos cerca de 25 documentos que a empresa precisa requisitar aos alunos para cadastro no Prouni.

Por enquanto, apenas algumas escolas que compram material da Cogna estão testando as ferramentas de IA para refinar o modelo de linguagem. A expectativa, segundo Valério, é de que a partir de fevereiro de 2025 haja uma expansão, com o início do próximo ciclo pedagógico. Para as faculdades, as tecnologias já são utilizadas para atender uma base de 40 mil alunos.

Amazon, por meio da AWS, e Microsoft são hoje os principais fornecedores de motores de inteligência artificial para a Cogna, embora modelos da Meta e do Google também sejam testados. Segundo Valério, o consumo de processamento em nuvem para as aplicações de IA – responsáveis por alta demanda desse tipo – não ultrapassa 4% do custo anual de nuvem.

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O executivo afirma que não há um provisionamento específico para as aplicações de IA feitas pela companhia. “Como tudo na nuvem, se for bem pensado do ponto de vista de código, de arquitetura de aplicação, se ele for bem pensado na raiz, então se consome pouco”, diz.

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Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.