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A fotografia do segmento fitness no Brasil revela um mercado pulverizado em redes regionais ou negócios de bairro, espalhados dentro e fora de grandes centros urbanos. De olho nisso, a startup Tecnofit vem expandindo sua participação de mercado frente a grandes grupos. Pequenos empreendimentos, de academias a estúdios de dança, pilates, quadras de futebol e box de crossfit alçaram a rede a um marketshare de 30% da tecnologia de gestão para o mundo fitness.
A decisão pelo caminho das pequenas empresas tem sua lógica. Nem mesmo a multiplicação de academias dos grandes nomes Smart Fit (SMFT3) e Bluefit transformou o cenário fragmentado do setor no Brasil. De acordo com o Panorama Setorial Fitness Brasil, haviam 29,1 mil centros de atividade física no Brasil em 2022, sendo 87% deles academias. Em comparação, a Smart Fit tinha aproximadamente de 640 unidades em 2023.
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Quando olhou para as possibilidades, a Tecnofit viu maior espaço para crescimento entre as pequenas. “É um mercado diferente. O nosso produto atende todo mundo, se entramos em um cliente como esse, ele terá muitas demandas específicas”, diz Antonio Maganhotte Junior. “Nós implementamos melhorias trazidas pelos clientes, mas que fazem sentido para todo mundo. Nosso modelo é de escala, e não ser uma casa de software para uma só rede.”
Embora não tenha relação com as principais redes, a Tecnofit estima que um terço das integrações de sistema na plataforma de benefícios corporativos Wellhub (antigo Gympass) seja feita por meio de sua solução – aproximadamente 7 mil estabelecimentos.
As academias foram o principal motor de expansão do negócio desde sua fundação, em 2016, quando Anderson Cichon, atual CTO, procurou Antonio Maganhotte Junior para escalar a solução que havia desenvolvido para alguns empreendimentos locais. Da sociedade, nasceu a solução de SaaS (Software as a Service, software como serviço, na sigla em inglês) que hoje atinge cerca de 10 mil clientes.
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Um terço da receita vem da linha de academias, um outro terço dos espaços destinados a Crossfit e um último que contempla uma variedade de espaços como estúdios de dança, ioga e pilates, piscinas, quadras de futebol ou esportes de areia e profissionais liberais (como personal trainers). É no último terço onde a empresa vê o seu maior potencial de avanço a partir daqui.
“É um mercado duas vezes maior do que o de academias, em número de unidades”, diz Maganhotte Junior. “A expansão mais agressiva é nele. Vemos como um oceano mais azul. Tem um ticket menor, mas uma capacidade de share bem maior, inclusive para fora”, completa, sobre uma internacionalização em curso.
América Latina, Portugal e Espanha foram os países escolhidos para a expansão internacional, onde a empresa ainda não chega a 100 clientes. A expectativa é dobrar os resultados no Brasil pelo último ano; para fora, o negócio ainda está pegando tração e não tem uma meta de crescimento fixada, embora o foco também deva ficar nos estúdios.
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A Honey Island, fundo de Venture Capital early stage, tem 48% da empresa e participou de duas rodadas de investimento da empresa – na segunda, em 2021, de R$ 13 milhões, entrou junto o fundo da Quartz, por um valuation de R$ 110 milhões. De lá para cá, a empresa mais que dobrou de tamanho, dizem os executivos.
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