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Um avião de pequeno porte caiu na Avenida Marquês de São Vicente na Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 7. Piloto e copiloto morreram. Outras sete pessoas ficaram feridas. Este é ao menos o oitavo caso de queda de avião de pequeno porte no Brasil nos últimos quatro meses – sem considerar as quedas de helicópteros, que foram duas no último mês, uma em Caieiras (SP) e outra em Cruzília (MG).
A relação inclui casos de grande repercussão nacional, como o do avião que caiu em Gramado, na Serra Gaúcha, em 22 de dezembro, deixando 10 mortos e 17 feridos. E o de Ubatuba, no litoral paulista, em 9 janeiro, que deixou um morto e quatro feridos. Veja abaixo:
Avião levando ex-prefeito cai em Montenegro (RS)
11 de janeiro de 2025 – O avião de pequeno porte, do tipo planador, caiu em Montenegro, interior do Rio Grande do Sul, pouco após decolar. Havia dois homens a bordo: o ex-prefeito da cidade Carlos Eduardo Müller, de 54 anos, que era instrutor de voo, e um aluno dele, de 49 anos.
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O acidente ocorreu nos arredores da sede do aeroclube da cidade. Müller e o aluno foram socorridos, ambos conscientes, e encaminhados para um hospital da região, segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar do Estado.
“O voo em si estava sendo efetuado pelo aluno e o instrutor e, por alguma questão, eles se sentiram mais seguros em desligar e retornar para a pista”, disse ao Estadão Fabio Zanatta, presidente do aeroclube da cidade. Ao tentar regressar, o planador se chocou com um eucalipto e com uma estrutura elétrica de alta tensão.
O ex-prefeito e o aluno que estava com ele na planador foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo informações preliminares, eles só tiveram ferimentos leves.
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Avião ultrapassa pista e explode em praia de Ubatuba (SP)
9 de janeiro de 2025 – Em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, um avião de pequeno porte ultrapassou a pista do Aeroporto Estadual de Ubatuba em tentativa de pouso, atravessou o alambrado e explodiu na orla na orla da Praia do Cruzeiro.
O modelo, um Cessna Citation 525 CJ1, que pertencia à família Fries, importantes fazendeiros de Goiás, pousou em uma pista operacional com quase 300 metros de extensão a menos do que o indicado para locais molhados, de acordo com o manual da aeronave. Além disso, chovia no momento e a pista estava molhada.
O piloto da aeronave, Paulo Seghetto, morreu. Os quatro passageiros, Mireylle Fries (filha do produtor rural Milton Fries), seu marido, Bruno Almeida Souza, e os dois filhos do casal, um menino e uma menina, ficaram feridos.
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Queda em Aquidauana (MS)
27 de dezembro de 2024 – Uma aeronave de pequeno porte sofreu um acidente na cidade de Aquidauana, no Mato Grosso do Sul, em uma área do Pantanal de difícil acesso. Os três ocupantes do avião foram resgatados com vida.
A aeronave foi localizada de ponta-cabeça, com as asas encostadas no chão e o trem de pouso para a cima. A maior parte da estrutura ficou conservada após o acidente. O avião, um monomotor de matrícula PT-WBI, foi fabricado em 1997 e possui quatro assentos – três passageiros e o piloto.
As autoridades não deram mais detalhes sobre o trajeto que era feito e sobre como a aeronave ficou na posição em que foi encontrada. As condições de voo estavam favoráveis no local no momento do acidente.
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Turboélice cai em Gramado (RS)
22 de dezembro de 2024 – Um avião turboélice bimotor de pequeno porte caiu em Gramado, na Serra Gaúcha, no entorno da Avenida das Hortênsias. As 10 pessoas que estavam a bordo morreram, todas da mesma família, inclusive o piloto. Outras 17 pessoas que estavam em solo precisaram de atendimento médico.
O avião havia decolado do Aeroporto de Canela, cidade vizinha a Gramado, com destino a Paulínia, no interior de São Paulo. No momento do acidente, chovia e havia forte nevoeiro, o que pode ter dificultado a visibilidade.
Acidente e Manicoré (AM)
20 de dezembro de 2024 – Um avião de pequeno porte, que desapareceu no interior do Amazonas, no dia 20 de dezembro, foi encontrado cinco dias depois, junto com os corpos do piloto Rodrigo Boer Machado e do passageiro Breno Braga Leite. A aeronave estava em uma zona rural.
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O avião teria saído de Ariquemes, em Rondônia, e seguia para Ji-Paraná, no mesmo Estado. O piloto teria relatado problemas na aeronave. Ele havia passado o sinal de GPS para que parentes acompanhassem o voo e, também, alertou que poderia ficar sem sinal por até dois dias.
Depois de dois dias sem informações, a família fez contato com a Força Aérea Nacional (FAB). A Aeronáutica apurou que o avião teria saído da rota quando seguia para Manaus, com o último registro em Manicoré.
Aviões da FAB caem durante treinamentos (RN e SP)
22 de outubro e 1º de novembro de 2024 – Dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) colidiram durante um treinamento de cadetes da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, interior de São Paulo, em 1º de novembro. Informações iniciais apontam que o leme de uma aeronave se chocou com a hélice da outra, resultando em sérios danos a ambas.
Um dos pilotos conseguiu pousar em segurança, enquanto outro direcionou a aeronave para uma área desabitada e conseguiu realizar o procedimento de ejeção. Não houve vítimas fatais.
Menos de 10 dias antes, outro acidente envolvendo aeronaves da FAB foi registrado. Em 22 de outubro, um caça caiu perto da Base Aérea de Parnamirim, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte. Na ocasião, também não houve vítimas, e o piloto também conseguiu se salvar por meio do sistema de ejeção da aeronave.
Queda de avião Paraibuna (SP)
23 de outubro de 2024 – Avião de pequeno porte caiu na região rural de Paraibuna, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, durante uma forte tempestade. A aeronave se chocou contra um morro e pegou fogo após o impacto, segundo o Corpo de Bombeiros. A empresa aérea Abaeté Aviação confirmou que havia cinco colaboradores na aeronave e diz que todos morreram: comandante, piloto, médica, enfermeiro e mecânico.