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SÃO PAULO (Reuters) – As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil em janeiro foram as maiores para o mês desde 2020, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela federação de concessionários, Fenabrave, que mostraram avanço da montadora chinesa BYD no sexto maior mercado de veículos do mundo.
Também chamadas de licenciamentos, as vendas de veículos novos no Brasil no mês passado somaram 171,2 mil unidades, crescimento de cerca de 6% ante janeiro de 2024 e maior volume para o mês desde os 193,5 mil veículos vendidos em janeiro de 2020.
A BYD, que atualmente atua no mercado nacional via importações de carros eletrificados premium e está construindo um complexo fabril na Bahia, assumiu em janeiro a oitava posição entre as maiores participações em vendas de automóveis à frente de Renault e Nissan.
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Um ano antes, a montadora chinesa estava na décima posição entre os carros mais vendidos do país. A fatia saiu de 3,62% para 5,26%, segundo os dados da Fenabrave. Ao final de dezembro, a montadora chinesa tinha fatia de 3,92% no segmento, na décima posição.
O avanço ocorre em um momento no qual as montadoras tradicionais estão estudando, por meio da associação de fabricantes Anfavea, encaminhar um pedido de processo andidumping contra rivais chinesas, que têm contado com importações para se firmarem no país.
Segundo os dados da Fenabrave, o utilitário híbrido Song Plus, foi o carro mais vendido da BYD em janeiro, com 3.185 unidades, na 16a posição, e também foi o modelo de uma montadora chinesa mais vendido do país.
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As vendas do carro da BYD em janeiro foram maiores que as do Onix Plus, da General Motors (3.044 unidades); do Nivus, da Volkswagen (2.915); do Tiggo 7, da Caoa Chery (2.601); e do Corolla, da Toyota (2.568), todos fabricados no Brasil.
Um ano antes, a venda do Song Plus em janeiro somou 1.520 unidades, segundo a Fenabrave.
O automóvel novo mais vendido do Brasil em janeiro foi o Polo, da Volkswagen, com 5.801 emplacamentos. Já a picape mais vendida, segmento que a BYD entrou mais recentemente, com o modelo híbrido de grande porte Shark, foi a compacta Fiat Strada, da Stellantis, tradicional ocupante do posto, com vendas de 8.777 veículos.
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Combinando os dois segmentos – de automóveis e comerciais leves, que incluem as picapes – a BYD ficou na nona posição em janeiro, com 4,12% do mercado, ante 3,09% no final de 2024, à frente da Nissan, segundo os dados da Fenabrave.
A consultoria automotiva Bright afirmou na segunda-feira que as marcas chinesas representaram 8,82% das vendas de veículos novos em janeiro no Brasil, acima da fatia 7,63% registrada em dezembro.