Brumadinho: polícia identifica nova vítima 6 anos após rompimento de barragem da Vale

Tragédia, ocorrida em 2019, resultou na morte de 270 pessoas, das quais 268 já foram identificadas; agora, duas vítimas permanecem desaparecidas

Gabriel Garcia

Vista aérea da área atingida por lama em Córrego do Feijão, perto da cidade de Brumadinho, no estado de Minas Gerais, no sudeste do Brasil, em 26 de janeiro de 2019, um dia após o colapso de uma barragem em uma mina de minério de ferro pertencente à gigante mineradora brasileira Vale (Foto de Pedro Vilela/Getty Images)
Vista aérea da área atingida por lama em Córrego do Feijão, perto da cidade de Brumadinho, no estado de Minas Gerais, no sudeste do Brasil, em 26 de janeiro de 2019, um dia após o colapso de uma barragem em uma mina de minério de ferro pertencente à gigante mineradora brasileira Vale (Foto de Pedro Vilela/Getty Images)

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Mais de seis anos após a tragédia em Brumadinho (MG), a Polícia Civil identificou, na noite desta quinta-feira (6), mais uma vítima do rompimento da barragem da Vale.

Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos, foi identificada por meio de exames antropológicos. Os segmentos de seu corpo foram encontrados na manhã desta quinta na área de buscas, incluindo um fêmur com prótese.

Maria de Lurdes, residente em São José do Rio Pardo (SP), estava em Brumadinho com a família para visitar o Instituto Inhotim. Todos estavam hospedados na Pousada Nova Estância, que foi devastada pela lama.

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Além dela, seu marido, Adriano Ribeiro da Silva, e seus dois enteados, Luiz e Camila Taliberti, também morreram na tragédia.

De acordo com o tenente Henrique Barcellos, os restos mortais foram encontrados em uma área de buscas conhecida como “remanso 4”, localizada a cerca de 2 km da pousada. O local é caracterizado por uma redução na velocidade do fluxo de lama, o que altera sua direção.

A tragédia de Brumadinho, que ocorreu em 25 de janeiro de 2019, resultou na morte de 270 pessoas, das quais 268 já foram identificadas. Agora, duas vítimas permanecem desaparecidas: Tiago Tadeu Mendes da Silva, um engenheiro mecânico, e Nathália de Oliveira Porto Araújo, estagiária da Vale.

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A última identificação anterior a de Maria de Lurdes ocorreu há mais de dois anos, quando Cristiane Antunes Campos, supervisora de mina da Vale, foi reconhecida por meio de exames de DNA, em dezembro de 2022.

As buscas por vítimas ainda não encontradas continuam, com o Corpo de Bombeiros utilizando tecnologia de inteligência artificial para auxiliar na inspeção de materiais coletados na área.