Avião que caiu hoje na Barra Funda, em SP, era de empresa de Porto Alegre

Sócio da empresa postou vídeo da aeronave momentos antes do acidente; ainda não se sabe se ele estava a bordo

Equipe InfoMoney

Uma visão de drone do local onde um pequeno avião colidiu com veículos na Avenida Marquês de São Vicente, em São Paulo, Brasil, em 7 de fevereiro de 2025. REUTERS/Tuane Fernandes
Uma visão de drone do local onde um pequeno avião colidiu com veículos na Avenida Marquês de São Vicente, em São Paulo, Brasil, em 7 de fevereiro de 2025. REUTERS/Tuane Fernandes

O avião de pequeno porte que caiu na manhã desta sexta-feira (7) na Avenida Marquês de São Vicente, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, pertencia à empresa Máxima Inteligência Operações Estruturadas LTDA, com sede em Porto Alegre (RS).

A aeronave, um turboélice King Air F90 fabricado em 1981, havia sido adquirida pela empresa em dezembro do ano passado e tinha como destino a capital gaúcha.

Momentos antes do acidente, o advogado Marcio Louzada Carpena, um dos sócios da empresa, postou um vídeo da aeronave em suas redes sociais, registrando a decolagem no Aeroporto Campo de Marte. Ainda não há confirmação se ele estava a bordo no momento da queda.

O acidente

A aeronave decolou às 7h17 e, três minutos depois, a torre de comando perdeu contato com o piloto. Após percorrer cerca de quatro quilômetros, o avião caiu na região da Barra Funda, atingindo um ônibus e outros veículos.

De acordo com o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar, o acidente deixou duas pessoas mortas e pelo menos seis feridas, incluindo um motociclista e o motorista do ônibus, além de pedestres que estavam próximos do local da colisão.

Dois corpos foram retirados sem vida do avião. As identidades ainda não foram confirmadas.

O avião estava registrado apenas para operações privadas e não tinha autorização para táxi aéreo. Segundo o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) estava válido até o final de 2025.

Investigação

As causas do acidente ainda são desconhecidas e estão sendo investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que enviou quatro técnicos ao local.

Testemunhas relataram que o avião tentou fazer um pouso forçado antes de cair, e que a aeronave realizou uma curva brusca antes do impacto. A queda provocou uma explosão que gerou uma grande cortina de fumaça, visível de diferentes pontos da cidade.

Equipes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e da Polícia Militar foram acionadas para conter o incêndio e socorrer as vítimas. A via permanece parcialmente interditada para os trabalhos de resgate e investigação.

(Com informações da Folha de S.Paulo)