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A impressão de que estão ocorrendo mais acidentes aéreos que o usual não é infundada. O ano de 2024 foi o pior para acidentes aéreos desde 2025, quando o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, iniciou os monitoramentos. Chama atenção não só o aumento do número de acidentes, mas também o de fatalidades.
No passado houve 175 acidentes com 44 mortes, e outras 152 vítimas fatais de quase 2.500 incidentes registrados no ano. Os números resultam em um índice de fatalidades de 86,%, quase o dobro do observado em 2023, quando houve 107 pessoas mortas em incidentes e acidentes aéreos no país.
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Em 2025, só em janeiro e fevereiro já foram registrados 30 acidentes, 8 deles com fatalidades, 247 incidentes e 14 incidentes graves. O ritmo é similar ao do ano passado, quando houve 38 acidentes com as mesmas 8 mortes nos meses de janeiro e fevereiro.
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Antes de 2024, o ano que registrou mais acidentes foi 2015, o primeiro da série, com 172 ocorrências. O número de fatalidades, no entanto, foi pouco mais da metade registradas no ano passado: 79.
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O Cenipa diferencia incidentes dos incidentes graves pelo grau de lesões sofridos pelas pessoas envolvidas e/ou pelos danos à aeronave.
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Causas de incidentes
No ano passado, a maioria dos incidentes e incidentes graves foi causada por falha ou mau funcionamento de sistema ou componente.
Já colisões com aves, como o que ocorreu na última quinta-feira (20) no avião da Latam no Aeroporto Internacional do Galeão, aconteceram em 927 dos incidentes. Dentre os casos graves, chamados como acidentes, a falha ou mau funcionamento do motor foi a principal causa, com 11 ocorrências. Excursão na pista, que acontece quando a aeronave se afasta da superfície da pista na decolagem ou aterrissagem, foi responsável por 7 dos acidentes.
Em 2025, a maioria das ocorrências foi causada por falha ou mau funcionamento de sistema.
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São Paulo na frente
São Paulo lidera, com folga, o ranking dos estados com mais incidentes e acidentes, sendo responsável por 706 ocorrências leves e 31 acidentes. E, em relação à fase de voo, 44 dos 175 acidentes do ano aconteceram na fase de cruzeiro, seguido do pouso, com 39 acidentes.
Assim como no ano passado, São Paulo foi a localidade com mais ocorrências. No entanto, Minas Gerais lidera o ranking de estados com mais acidentes, com 5 até agora.