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Caros leitores, digníssimas leitoras,
Encerrado o primeiro bimestre do ano, o setor automotivo celebra, no melhor estilo “ouro de tolo”, um crescimento de 5,6% nas vendas.
Sim, registramos crescimento nas vendas em volume de unidades comercializadas! Neste primeiro bimestre foram 250 mil carros vendidos em comparação com os 237 mil comercializados nos primeiros dois meses de 2022.
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Mas o Brasil não é um país – é praticamente um continente! E é esse “Brasilzão” que vamos explorar agora.
Como os estagiários daqui são meio crus, praticamente recém-saídos do Mobral, fizemos algumas ilustrações para facilitar o entendimento e apontar onde estão os destaques do setor.
Quando falamos em crescimento de 5,6% nas vendas, estamos falando em média – e, como se sabe, toda média é burra!
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Das 27 unidades da federação, 11 estados (40% do total) registraram queda nas vendas, sendo que a maioria dos estados que caíram estão nas regiões Norte e Nordeste. O estado que teve o pior resultado foi Rondônia, com quase 15% de retração.
Se o Norte e o Nordeste estão sofrendo, o destaque positivo fica para a região Sul, onde todos os estados estão crescendo de forma homogênea, com uma média de 9%.
Mas, apesar do desempenho do Sul, São Paulo foi quem fechou o primeiro bimestre com o título de maior crescimento. E registrar uma alta superior a 20% no volume de vendas é um feito digno de Hércules no atual cenário.
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E qual é a marca mais desejada?
A lógica da última década, praticamente, é afirmar que a Fiat é a mais marca mais querida! E essa é uma verdade para quase 80% do país: a montadora italiana é a nº 1 em 22 estados. Além disso, ela é a líder absoluta nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.
Mas o interessante é que a GM vem quebrando a hegemonia da Fiat nos dois extremos do país. A marca mais querida no extremo Norte e no extremo Sul é exatamente a montadora americana, que predomina em Amazonas, Roraima, Rio Grande do Sul e Paraná.
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Já São Paulo tornou-se o último bastião da septuagenária Volkswagen, a ex-marca nº 1 do país em um passado um tanto distante:
A única informação que podemos observar de forma mais homogênea pelo país é qual tipo de carro é o mais desejado.
Os veículos do tipo SUV conquistaram completamente os corações dos motoristas brasileiros. Neste ano, eles correspondem por quase 38% de todos os carros novos vendidos no país.
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Em segundo lugar aparecem os Hatch Pequenos, preferência de 26% dos clientes brasileiros. De fato, os Hatch só são mais consumidos em quatro estados: Amapá, Amazonas, Minas Gerais e Roraima. Em Minas, as locadoras puxam o segmento para cima. Já nos estados do Norte, onde os consumidores são mais sensíveis no quesito “renda”, eles ainda possuem o seu “sex appeal”.
Mas a informação mais interessante é saber qual é foi o carro mais vendido! Nos últimos tempos, a cobiçada Fiat “pato” Strada vem sendo o carro mais desejado. Mas aí existe uma briga de foice com o Onix da GM.
A Strada, por enquanto, é a líder de vendas nacional e lidera também em outros nove estados. O Onix da GM se encontra na 2ª colocação nacional, mas é o carro mais vendido em 11 estados. Ou seja, a Strada é a líder geral em vendas, mas o Onix possui a liderança em mais estados.
O 3º carro mais vendido é o Onix Sedan. Mas esse não lidera em nenhum estado. O Hyundai Creta, 4º carro mais vendido e 1º colocado entre os SUVs, lidera em três estados: Distrito Federal, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte.
E é agora que a coisa fica interessante!
O Fiat Argo, 6º carro mais vendido no país, é o mais emplacado em Minas Gerais – ou seja, o veículo preferido das locadoras. O VW T-Cross, 7º carro mais vendido, é líder no reduto da VW: São Paulo.
E quem apareceu gerando 100% de surpresa no nosso ranking?
Foi a S10, picape da GM que ocupa a 27ª posição de carro mais vendido e é a líder absoluta em Roraima. A cada 10 carros vendidos no estado, um deles é uma S10.
Mas o “troféu surpresa” veio do Pará, onde a Mitsubishi L200, 42º carro mais vendido no Brasil, foi a líder absoluta. O modelo possui participação de 0,6% nas vendas nacionais. Já no Pará, ela detém mais de 8% das vendas.
E para você, qual foi a grande surpresa?
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