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SÃO PAULO – O Ministério da Justiça divulgou nesta sexta-feira (26) uma nota informando que a Polícia Federal vai abrir um inquérito para investigar “eventuais ilícitos criminais” que tenham sido cometidos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O processo é iniciado após matéria da Folha de S. Paulo na qual a jornalista Miriam Dutra diz que FHC utilizou uma empresa para bancá-la no exterior. De acordo com ela, essa empresa era a Brasif Exportação e Importação, concessionária à época do governo FHC das lojas duty free nos aeroportos brasileiros.
Na última semana, o ex-presidente divulgou uma nota em que afirma que “nunca utilizou qualquer empresa, exceto bancos, para a remessa de recursos a pessoas no exterior. Todas as remessas internacionais que realizou obedeceram estritamente a lei, foram feitas a partir de contas bancárias declaradas e com recursos próprios resultantes de seu trabalho. Não tem fundamento, portanto, qualquer ilação de ilegalidade”.
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A jornalista vive no exterior desde 1991, e as transferências, segundo ela, foram feitas por meio da assinatura de um contrato fictício de trabalho. Segundo o contrato, a jornalista teria de fazer análise de mercado em lojas convencionais e de duty free. Miriam Dutra, entretanto, disse ao jornal que jamais pisou em uma loja para trabalhar. Mesmo assim, recebia a quantia de US$ 3 mil mensais.
Veja a nota do Ministério da Justiça:
O Ministério da Justiça informa que a Polícia Federal, no âmbito das suas competências constitucionais, determinou nesta sexta-feira (26), a abertura de inquérito para apurar a ocorrência de eventuais ilícitos criminais noticiados por Mirian Dutra Schimidt, em matéria publicada pela Folha de São Paulo, na coluna Monica Bergamo, no último dia 17 de fevereiro de 2016. O inquérito tramitará em sigilo, na forma da legislação em vigor.