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Vida pessoal x trabalho: como o assessor de investimentos pode equilibrar sua rotina?

Confira dicas que a especialista e os profissionais compartilharam para ajudar no equilíbrio profissional e pessoal na rotina diária

Giovanna Sutto

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A vida do assessor de investimentos, especialmente nos dois primeiros anos, tende a ser bem intensa: a necessidade de captação de clientes e desenvolvimento de sua própria carteira pode consumir boa parte das energias do profissional — que pode sair no prejuízo, se não trabalhar também para manter sua saúde e bem-estar.

Há quatro anos Benedito Gonçalves Neto, assessor de investimentos e sócio do escritório InvestSmart, dedica parte de seu tempo livre ao kitesurf, esporte aquático que utiliza uma prancha e uma pipa. “Durante a pandemia senti que precisava me desconectar das telas, da pressão e conseguir cuidar mais de mim, direcionar um tempo para mim. Comecei a fazer aulas de kite e só de poder me concentrar em aprender e ter contato com a natureza, senti muita diferença na saúde mental e física”, afirma. Atualmente, ele gere cerca de R$ 350 milhões sob carteira, além da gestão do time de assessores do seu escritório. “A carga é bem pesada e a prática do esporte faz cada vez mais sentido. Além de ajudar a manter na saúde, é ótimo também para formar relacionamentos”, conta Neto, que já trouxe vários colegas que velejam com ele para sua carteira.

Benedito Neto em manobra com o kitesurf (Arquivo Pessoal)

Talita Luiz, sócia-fundadora da Quattro Investimentos, também compartilha a paixão pelos esportes. Ela pratica kitesurf, wakeboard (que utiliza prancha e cabos) e beach tennis. “Sempre separei um tempo para cuidar da saúde e ter autocuidado. É preciso ter a descompressão da vida profissional que é muito intensa. Testar meus limites em esportes que exigem concentração, foco, equilíbrio me ajuda na minha rotina de trabalho. Sem contar que volto para o trabalho renovada”, compartilha a assessora que optou pelo caminho do empreendedorismo dentro da carreira.

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Rian Tavares trabalhou como assessor de investimentos e hoje é responsável pelas relações institucionais da assessoria da XP Investimentos, além de ser atleta de triatlon. Mas há quatro anos chegou a pesar 130 quilos. “Corri meu primeiro quilômetro em 2020 e hoje já fiz dois Iron Man [competição que envolve natação, corrida e bicicleta]. O esporte me fez evoluir muito mentalmente: ter equilíbrio para conseguir performar na carreira e ter espaço para a família e hobbies”, afirma o executivo. Ele concorda que o esporte é muito importante para a construção de relações no trabalho. “Sempre falo sobre esporte: ou a pessoa não faz e admira ou a pessoa faz algo e você imediatamente cria uma conexão. Especialmente em esportes de alto rendimento, a mentalidade é a mesma que a aplicada no trabalho”, diz. Ele comenta que, no processo de sair do sedentarismo para virar atleta, sentiu melhora na memória, foco, concentração e teve aumento de eficiência nas tarefas do dia.

Rian Tavares na etapa de bike no triatlon (Arquivo Pessoal)

Na visão de Rebeca Toyama, especialista em estratégia de carreira, o ambiente em que o profissional está inserido molda o seu comportamento e o mercado financeiro tem um “Modus operandi” próprio. A profissão, que está em ascensão no Brasil, exige um perfil comercial apurado e muito protagonismo de carreira para que seja possível deslanchar em poucos anos.

“Via de regra, o perfil do mercado financeiro tem duas características: o foco no resultado e pragmatismo. E o ritmo do setor é alucinante. Observo que a compreensão sobre a importância do bem-estar e qualidade de vida demora mais para aparecer em muitos profissionais do segmento”, afirma. Entre as razões para isso acontecer, está o salário alto.

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“A remuneração do mercado financeiro, muitas vezes, reduz a necessidade de um equilíbrio. Na assessoria de investimentos, muitos vislumbram a liberdade financeira e o processo não é meteórico todas as vezes. É um mito o trabalhar muito para aproveitar depois. Mas os salários podem ser altos, bônus atrativos, e funções que realmente atraem especialmente quem está começando”, explica Toyama.

Talita admite que a profissão é desafiadora e defende que a vida é feita de diversos momentos. “Nem sempre você vai estar 50% para cada lado. O primeiro ano na assessoria, por exemplo, dita a velocidade do sucesso. É comum esse período o trabalho ser prioridade. Tive muito tempo de dedicação ao trabalho, incluindo fins de semana, porque eu não tinha plano B. E tive que abrir mão de muitas coisas. Conseguir administrar tudo leva tempo e disciplina”, afirma. Ela conta que começou também a fazer terapia há dois anos para conseguir lidar com o volume de responsabilidades que adquiriu.

Talita Luiz praticando kitesurf (Arquivo Pessoal)

Raphael Aversani, assessor e líder de treinamentos da Blue3, também ressalta esse entendimento de que a vida acontece e que terão momentos que você precisará se dedicar mais à carreira. “Hoje eu leio 15 páginas de um livro todo dia. É o que eu consigo, mas faço todo dia. Separo um tempo para ficar com os minha família e meus filhos também. Nos fins de semana não trabalho mais. Mas foi uma jornada até chegar aqui”, diz.

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Como equilibrar vida pessoa e vida profissional?

Confira algumas dicas que a especialista e os profissionais compartilharam para ajudar no processo de buscar equilíbrio profissional e pessoal na rotina diária:

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Giovanna Sutto

Jornalista com mais de 6 anos de experiência na cobertura de finanças pessoais, meios de pagamentos, economia e carreira. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.