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As taxas do Tesouro Direto registram, nesta quinta-feira (17), mais uma sessão de forte alta. O papel prefixado com vencimento em 2031, por exemplo, oferecia rentabilidade de 13% ao ano – maior patamar de 2024. Diante de retornos como este, como ficam as captações de outras aplicações financeiras?
“Acaba impactando fortemente”, afirma Fernando Bento, CEO da FMB Investimentos, assessoria com R$ 2,2 bilhões sob custódia e um time de 26 sócios. “É difícil qualquer outra coisa competir com [retornos neste patamar]”, reforça o executivo, que lembra também das aplicações indexadas à taxa do CDI.
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Ele reconhece que o otimismo do mercado diminuiu ao longo do ano com as incertezas fiscais do País, sentimento que motivou o início do ciclo de alta da Selic – que subiu 0,25 ponto percentual em setembro para 10,75% ao ano. O indicador é referência para as aplicações de renda fixa, agora mais rentáveis.
Diante do atual cenário, o executivo explica que só resta ao assessor de investimentos adequar ao máximo as mudanças projetadas pelo mercado ao portfólio do cliente. E, neste caso, a renda fixa não pode faltar.
“Vale para todo mundo, da pessoa mais moderada até o investidor mais arrojado”, diz. “Você encontra hoje um custo de oportunidade muito elevado com aplicações atreladas ao CDI e mesmo ao IPCA”, observa.
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No início da tarde desta quinta-feira (17), o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2029 estava oferecendo um prêmio de 6,70%, além da inflação – se aproximando da máxima do ano, de 6,72% no dia 23 de setembro. Confira outros papéis.
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Em tempos de renda fixa turbinada, Bento reconhece que o interesse do investidor pela Bolsa, por exemplo, tende a diminuir – reduzindo o ritmo dos aportes em ações. Mas para quem tem uma estratégia de longo prazo, essa classe de ativo segue atrativa.
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“De fato, a Bolsa está barata quando observamos os indicadores”, confirma. “Para quem tem perfil e paciência, há excelentes oportunidades, especialmente para quem não se incomoda com a valorização no mês e está pensando um pouco mais para a frente”, reflete.
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Destaque em alocação e adequação ao risco
Recentemente, o escritório de Bento passou a integrar o grupo A20 da XP, novo ranking da casa que observa a adequação da carteira do cliente com o respectivo perfil de risco.
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“Por exemplo, tem um cliente que diz que é conservador, mas tem uma percentagem de produtos no portfólio que não está adequada a este perfil”, detalha. “Os escritórios que melhor fazem esta adequação entram no A20”, explica.
Com mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro, Bento teve passagens pelo Itaú BBA, Santander, BankBoston, Votorantim e Safra.
Ao longo da carreira, atuou em diversas áreas, desde vendas até a estruturação de produtos e serviços relacionados a tesouraria, mercado de capitais e investimentos.
Graduado em engenharia pela Unicamp e com MBA pela INSEAD Business School, na França, fundou a FMB Investimentos em 2015, escritório que se destaca no atendimento de clientes do segmento de alta renda – com mais de R$ 1 milhão.
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