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O mercado financeiro marcará presença na próxima edição da Regata Internacional Recife – Fernando de Noronha (Refeno), a maior da América Latina. Renata Vianna e Laís Souza, assessoras de investimentos da Blue3, vão trocar temporariamente o escritório pelo mar na competição marcada para o dia 28 de setembro.
A aventura não é novidade para Renata, que desde criança pratica natação e, em 2019, iniciou sua relação com a vela.
“Os meus dois sonhos eram participar de uma prova de natação em Noronha – que realizou em 2015 – e chegar de barco ao arquipélago”, revela. “E aí, durante a pandemia da Covid-19, eu decidi realizar esse segundo sonho”, relembra.
De lá para cá, ela já participou da Refeno em três oportunidades. No ano passado, chegou na terceira posição em uma das modalidades da competição, cujo percurso é estimado em 300 milhas náuticas – equivalente a 560 quilômetros.
Influenciada pela colega Renata, Laís Souza está iniciando no esporte, mas já testemunha os benefícios da atividade tanto para a vida como para o trabalho.
“Eu tenho toda uma questão com água porque não sei nadar”, revela aos risos. “Mas eu acho que temos de nos desafiar o tempo todo, superar os nossos medos, temos de nos redescobrir e foi aí que tudo começou”, detalha.
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A Refeno será a segunda competição de Laís, que no mês passado, ao lado de Renata, participou da regata Aratu – Maragojipe, que reuniu mais de 100 embarcações. E, pelo jeito, a então novata superou o primeiro desafio.
“Foi incrível porque é preciso do comprometimento de todo mundo no barco, do alinhamento em busca do mesmo objetivo e você aprende muito sobre resiliência”, conta. “Nas adversidades, a gente aprende a aceitar as condições e faz o melhor possível a partir delas”, pontua.
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Lições do esporte para o escritório
Formada em economia pela USP de Ribeirão Preto (SP), Laís tem 17 anos de mercado financeiro e hoje é líder comercial na Blue3, assessoria de investimentos com R$ 27 bilhões sob custódia e mais de 600 colaboradores. As lições que ela tem aprendido no mar também têm feito diferença na sua rotina no escritório.
“Eu acho que a vela traz muita correlação com o nosso negócio”, confirma Laís, que cita aspectos como espírito de equipe, planejamento estratégico e resiliência como fatores comuns nas duas atividades. “E você precisa tirar o melhor daquela condição que você tem no momento, algo muito correlacionado com o nosso negócio”, explica.
Os ensinamentos não são novidade para Renata, que se formou em administração de empresas e educação física – chegando a dar aula de natação no Rio de Janeiro.
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“Eu comecei a nadar com oito anos e era atleta de competição, o que me trouxe disciplina em primeiro lugar”, conta. “E esse sentimento eu carrego comigo até hoje no trabalho”, complementa.
Com 31 anos de mercado financeiro, ela iniciou no segmento de assessoria de investimentos também na época da pandemia – um divisor de águas tanto do lado pessoal como do profissional.
“Eu era CLT e tinha medo de sair daquela zona de conforto, não ter mais plano de saúde e salário pingando todo dia 27”, relembra. “Mas o estresse e a pressão estavam tão grandes [no trabalho anterior], que eu decidi mudar de carreira e seguir essa tendência de mercado”, recorda.
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Se o ambiente corporativo mudou, o equilíbrio entre o trabalho e o esporte jamais abandou a rotina da carioca, criada em Florianópolis (SC).
“Além da natação, eu frequento a academia todos os dias, não importa se está chovendo ou se o mundo está caindo”, brinca. “Mesmo se eu tiver uma reunião até nove da noite, eu dou um jeito de ir depois”, detalha assessora, lembrando que anda sempre com uma mochila para o treino – uma extensão do corpo de Renata, brinca a colega Laís.
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