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A indústria de fundos de investimentos já passou dos R$ 9 trilhões sob gestão. Guilherme Anversa, sócio e gestor da XP Advisory, que participou do programa Carteiros do Condado, no canal Stock Pickers, com apresentação de Davi Fontenele, analista de fundos da XP Advisory, diz que, apesar dos momentos difíceis que o setor passou, é importante observar o quanto a indústria de fundos evoluiu no país.
“O segmento de (fundo de) crédito privado foi o grande destaque de 2024. Já tem uma solidez muito significativa num ambiente que não foi tão fácil assim para crédito corporativo”, ressalta.
Diferentes fundos
“O de multimercado, que já foi o queridinho dos investidores, tem passado por uma recuperação importante. Nos fundos de ações, que há uma década tem sido muito difícil, com o Ibovespa não superando o CDI, as gestoras conseguiram gerar alfa (superar as expectativas) num ambiente bastante adverso”, destaca.
Para ele, a indústria tem espaço enorme para crescer e conseguir avançar na alocação de recursos. Por outro lado, ele vê uma indústria com alto grau de “mortalidade”. “Assets surgem, assets deixam de existir”, pontua. “Mas aos poucos a gente vai criando histórias de cinco, dez, 15, 20 anos de sucesso”, afirma.
Anversa citou as três gestoras apontadas como as Melhores do Ano pelo Prêmio Outliers InfoMoney: Kinea Investimentos, SPX Capital e Bradesco Asset.
Cultura do negócio
“Uma característica delas é que são multiproduto. Num ambiente mais difícil onde o investidor diminuiu seu apetite a risco, essa capacidade de ter essa cultura forte, com mesas em diferentes mercados, e os departamentos econômicos bastante robustos revelam a importância de se construir uma marca que consiga atuar em diferentes segmentos”, explica.
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O sócio da XP afirma que no ano passado o assunto do multiproduto das gestoras começou a ser bastante falado. “De 2025 em diante, vejo a indústria dando mais importância à figura do executivo voltado a manter a cultura do negócio, do produto a ser oferecido”, diz.