Advisor Responde: prefixado ou IPCA+, qual título do Tesouro Direto escolher?

Grazzielle Feilstrecker, da The Hill Capital, condiciona a escolha à expectativa para a inflação e juros

Wellington Carvalho

(Foto: Shutterstock)
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As taxas dos títulos do Tesouro Direto voltaram a flertar com as máximas do ano após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75% ao ano. Mas qual papel escolher no atual cenário de aperto monetário e ameaça inflacionária?

O IPCA+ com vencimento em 2019 chegou a oferecer no início da semana um prêmio de 6,76%. Na sessão desta quarta-feira (25), a taxa recuou para 6,47%. Já a rentabilidade do prefixado para 2031 está em 12,23%. Confira os demais títulos.

Fonte: Tesouro Direto (25/09/2024 – 11h)

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Na opinião de Grazzielle Feilstrecker, especialista em mercado de capitais e sócia da The Hill Capital, o Tesouro IPCA+ se destaca como a opção mais segura, considerando o cenário atual de juros altos e incertezas econômicas.

“Acredito que, no cenário atual, o Tesouro IPCA+ pode ser uma escolha mais interessante, especialmente se o investidor estiver buscando proteção contra a inflação”, afirma. “O Tesouro IPCA+ garante uma rentabilidade real acima da inflação. Com o risco de pressões inflacionárias no médio prazo, ele oferece segurança ao preservar o poder de compra”, explica.

Em setembro, o IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, desacelerou para 0,13%, após alta de 0,19% em agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,15%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 4,12%, abaixo dos 4,35% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Para quem aposta no arrefecimento da inflação e não acredita em um ciclo de alta dos juros tão longo, sinaliza Grazzielle, a opção pelos títulos prefixados do Tesouro pode fazer sentido.

“Pois permite ‘travar’ uma taxa de juros elevada agora”, detalha a especialista. “Contudo, esta classe de título oferece menos proteção em caso de alta inesperada da inflação ou se a Selic continuar subindo”, pondera.

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A sócia da The Hill Capital reforça que o Copom já deus sinais de que teremos novas altas de juros – ao lembrar da ata da última reunião do colegiado.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.