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SÃO PAULO – Com cada vez com menos espaço no PT, Marta Suplicy pode oficializar a sua saída do partido em breve. Se essa decisão for concretizada, a Frente da oposição, bloco formado por Solidariedade, PSB, PV e PPS, é uma das mais interessadas em acolher a senadora petista. O objetivo do grupo é emplacar a ex-ministra como candidata à Prefeitura de São Paulo em 2016.
O presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, está no comando das negociações para o ingresso de Marta e teria conversado com a senadora petista em duas oportunidades no ano passado. O deputado pretende retomar as negociações ainda em janeiro.
Um dos argumentos utilizados por Paulinho para convencer Marta de que a migração pode ser a melhor opção é o de que ela terá praticamente o mesmo tempo de televisão de quem se candidatar pelo PMDB e pelo PT.
“A candidatura pelo bloco pode ser uma alternativa viável. Ela poderá ter as mesmas condições para disputar que teria nos partidos grandes”, pontuou Paulinho.
Para Roberto Freire, presidente do PPS, a migração de Marta pode ser interessante, em função do papel significativo que ela tem para São Paulo. “Ela tem mais prestígio do que qualquer petista na periferia de São Paulo”.
De acordo com Freire, a ex-ministra estaria em uma situação complicada dentro do PT e sinaliza que ela “não vem há muito tempo tendo o devido respeito”.
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“Quando a relação estremece muito, o PT faz um agrado a ela. Mas em pouco tempo, um desagrado volta a abatê-la”, acredita o deputado doo PPS. “Dependendo desse afastamento da sigla petista, ela pode se credenciar para ser nossa candidata em 2016”, completou.
Formada no final do ano passado para se opor ao governo federal, a Frente da Oposição já sinalizou que pretende lançar candidato próprio na corrida municipal. O bloco conta com 67 deputados eleitos em 2014, frente aos 70 do PT e aos 66 do PMDB, o que indica que seu tempo de televisão será semelhante à exposição dessas siglas nas eleições do ano que vem.
O desgaste da ex-prefeita da capital paulista com a presidente Dilma Rousseff fez com que ela deixasse o Ministério da Cultura no início de novembro de 2014 por meio de uma carta de tom duro, na qual exigia que o governo federal resgatasse a confiança e a credibilidade da economia brasileira. Além disso, ela reprovou a nomeação de Juca Ferreira para sucedê-la na pasta de Cultura no segundo mandato de Dilma.
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Além de não ter conseguido se reeleger como prefeita de São Paulo em 2004 pelo PT, a senadora perdeu a disputa eleitoral pela cidade em 2008. Em 2012, a relação entre ela e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também ficou estremecida depois que ele preteriu sua candidatura à prefeitura e decidiu apoiar o pouco conhecido Fernando Haddad, que se consagrou nas urnas.