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SÃO PAULO – O ex-presidente e atual senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) chamou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “filho da puta” durante um pronunciamento feita da tribuna no Senado na última quarta-feira (5).
Investigado pela Operação Lava Jato, ele se defendeu das acusações de que um grupo ligado a ele teria recebido R$ 26 milhões em propina do esquema de corrupção da Petrobras.
Collor sussurou o xingamento enquanto falava que Janot transforma propositalmente a Operação Lava-Jato em um “festim midiático” e que as acusações que pesam contra ele na investigação são usadas por Janot para se autopromover.
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“As empresas têm contrato social, estão devidamente registradas na junta comercial, tem suas atividades de acordo com o que define a legislação. Se existem parcelas em atraso é uma questão comercial que diz respeito a mim e ao credor, não podendo em tempo algum, sob o risco de uma grave penalização judicial a quem afirma, que tal atrasos se devem a recursos escusos. Afirmações caluniosas e infames”.
Recondução
Collor ressaltou que Janot está em campanha para ser reconduzido ao cargo de procurador-geral (seu mandato encerra-se em setembro) e que o Senado tem a palavra final sobre a indicação a ser feita pela presidente Dilma Rousseff. Ele alertou que a sociedade está atenta a esse processo. Janot recebeu 799 votos e a lista será encaminhada nos próximos dias à presidente Dilma.
“A responsabilidade institucional do Senado quando da apreciação do nome será ainda maior. É preciso que todos abram os olhos para muitos dos aspectos nebulosos que estão por trás dessas investigações”, observou.
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O senador também leu na tribuna uma carta assinada por servidores da Secretaria de Comunicação Social do Ministério Público e encaminhada a Janot no início de março. O documento contém questionamentos feitos pelos servidores a respeito da imagem institucional do órgão.