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SÃO PAULO – Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o ex-marido e conselheiro informal de Dilma Rousseff, Carlos Araújo, revelou que a presidente ficou abalada com a crise econômica e com a queda na popularidade.
No entanto, ele disse que ela permanece tranquila por acreditar na recuperação do apoio ao governo com a volta do crescimento. Isso porque, segundo ele, ela sabe que o apoio ao governo vai se recuperar com a volta do crescimento e que as teses de impeachment ou cassação não têm base para prosseguir.
Ele disse ainda que, embora tenha optado por um “ajuste severo”, Dilma não vai embarcar em uma agenda conservadora que defenda a flexibilização dos direitos dos trabalhadores. Segundo ele, “a agenda de Dilma é sair da crise”.
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Araújo, que é advogado trabalhista, também afirmou considerar artificial a crise política em torno da presidente, por ser construída basicamente a partir do desejo do senador Aécio Neves (PSDB-MG) de antecipar a próxima eleição porque encontrou o “parceiro” Eduardo Cunha para isto na Câmara dos Deputados. Isso porque Aécio, segundo ele, sabe que não será candidato em 2018, e sim Geraldo Alckmin.
Sobre a pressão do maior partido da base aliada, ele minimiza: “O PMDB está muito bem no governo, é o aliado mais importante, mas parte substancial do partido já não apoiou a reeleição de Dilma. Não é uma situação nova”.