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SÃO PAULO – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está agindo para evitar um processo contra ele no Conselho de Ética e usando novamente como arma a eventual abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Cunha, segundo a “Folha de S. Paulo” e “O Estado de S. Paulo” avisou que se os três petistas que fazem parte do Conselho de Ética votarem contra ele, amanhã ele libera favoravelmente o inicio de um processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. De acordo com a Folha, durante almoço com o vice-presidente Michel Temer, Cunha insinuou que pode dar andamento aos processos contra Dilma, alegando que o governo continua armando pela sua saída.
Hoje, o Conselho de Ética da Câmara se encontra para discutir e votar o parecer preliminar referente ao processo contra ele. “Apesar de o resultado ser imprevisível, caso este parecer seja aprovado, aumenta-se o risco de o presidente da Câmara Federal dar prosseguimento a algum dos pedidos de impeachment que estão sendo analisados por ele”, conforme avalia a LCA Consultores.
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Assim, o PT e o Palácio do Planalto intensificaram as pressões sobre os deputados Valmir Prascidelli, Zé Geraldo e Leo Brito para que eles votem a favor do deputado, enquanto os integrantes do colegiado acreditam que os petistas votarão contra Cunha.
Segundo o Estadão, se os petistas atenderem ao pedido de Cunha, ele já informou a interlocutores da presidente que segura o processo impeachment. “Está nas mãos deles. Tudo depende do comportamento do PT”, teria dito Cunha, segundo interlocutores da presidente ouvidos pelo jornal.
O colegiado do Conselho de Ética tem 21 deputados e, para que o processo avance, é preciso maioria simples. Cunha teria nove votos a favor dele, ou seja, os três votos dos petistas são cruciais para determinar o prosseguimento ou não do processo no Conselho de Ética.
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Desta forma, a pauta do impeachment volta ao radar. Conforme informa o jornal Valor Econômico, o impeachment voltou à mesa de negociações. Segundo o colunista do jornal, Raymundo Costa, o vice Michel Temer, em busca de um acordo com o PSDB, se galgado à presidência ofereceria aos tucanos a renúncia ao direito de concorrer à reeleição em 2018. Ele poderia até concorrer ao governo de São Paulo, num acordo com o PSDB. “O Palácio do Planalto passaria a ser o objetivo de um conjunto de forças políticas como foi em 1989, a primeira eleição direta para presidente, após a redemocratização”, destaca a coluna.
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