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SÃO PAULO – Se a Petrobras (PETR3;PETR4) foi o grande destaque desta semana em meio à divulgação do balanço auditado, o último dia útil da semana não poderia deixar de ser movimentado para a empresa. Em destaque, estão as entrevistas concedidas pelo presidente da estatal, Aldemir Bendine, para os jornais O Estado de S. Paulo e Valor Econômico.
Em entrevista ao Estadão, Bendine admitiu que a derrubada dos preços internacionais do petróleo tiveram forte impacto na viabilidade dos negócios da empresa e que foi um critério importante nos “testes de impairment” que levaram para baixo a avaliação de ativos.
A revisão do programa de construção de refinarias deixará a Petrobras com maior dependência da importação de gasolina e mais exposta às oscilações de câmbio, o que traz de volta a questão do represamento dos preços internos. Segundo o jornal, o presidente da estatal não conta com forte descolamento interno de preços. Bendine garante que os preços seguirão a paridade externa, embora não como nos EUA, onde as oscilações de preços no mercado de varejo são diárias. Segundo o jornal, Bendine destacou que vai se concentrar na exploração e produção de petróleo, mas não esquecerá do refino.
Já ao Valor, Bendine destacou que a Petrobras irá adotar parcerias como a do Banco do Brasil (BBAS3) para a redução de alavancagem. Assim, a diretoria prepara uma série de medidas para reforçar a estrutura de capital, como a venda de ativos e a realização de parceria com empresas privadas para valorização e monetização dos ativos da empresa. Um modelo de parceria mencionado foi o que resultou no BB Seguridade (BBSE3), que criou uma empresa privada, sem a gestão de estatal, mas com o controle do BB.
Voltando ao balanço, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu na última quinta-feira, 23, um processo administrativo para analisar as demonstrações financeiras anuais da Petrobras referentes ao ano de 2014. Os dados validados pela PwC foram publicados nesta quarta-feira, 22, com meses de atraso diante da recusa da auditoria em chancelar as contas da estatal em meio às denúncias de corrupção da Operação Lava Jato.
O processo RJ 2016/3346 foi aberto pela Superintendência de Relações com Empresas (SEP) da CVM e encaminhado à Gerência de Acompanhamento de Empresas 5 (GEA-5), responsável por analisar questões envolvendo contabilidade. A autarquia deverá ficar atenta aos desdobramentos e movimentos da estatal para identificar se há algum sinal de inconsistência nas informações divulgadas aos investidores, por exemplo, se os critérios descritos refletem os números apresentados e se foram bem fundamentados. Caso tenha alguma dúvida a autarquia poderá questionar a companhia.
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Todas as informações financeiras de companhias abertas passam de alguma forma pela CVM, mas a xerife do mercado de capitais só costuma abrir processos para aprofundar a verificação dos dados quando há ressalvas dos auditores independentes, quando a empresa cai no radar da supervisão baseada em riscos da autarquia ou em situações que exigem uma ação preventiva. Tudo indica que este foi o caso da estatal do petróleo, diante do imbróglio que envolveu a divulgação de seus resultados.
E segundo o Globo, apesar de ter contabilizado em R$ 6,2 bilhões o custo da corrupção em seu balanço, a influência do pagamento de propinas pode ser muito maior. Em Relatório enviado à CVM, a Petrobras informou que entre os motivos para as baixas de R$ 44,6 bilhões no resultado da empresa está a “postergação por extenso período de tempo” de projetos como o Comperj, em Itaboraí, no Rio de Janeiro, e a segunda unidade da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Entre as causas, segundo a estatal, estariam “problemas na cadeia de fornecedores oriundos das investigações da Operação Lava-Jato”.
Por fim, segundo o Estadão, a companhia e a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Combustíveis) discutem alternativas para o conteúdo nacional.
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Fibria
A Fibria (FIBR3), maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, teve prejuízo líquido de R$ 566 milhões no primeiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 19 milhões no mesmo período do ano passado.
O prejuízo foi inferior à média de estimativas de analistas coletadas pela Reuters, que apontava para resultado negativo de R$ 833 milhões no período.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da companhia ficou em R$ 1,007 bilhão, alta de 48% na comparação anual.
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Direcional
O Santander reiniciou a sua cobertura para as ações da Direcional (DIRR3) com recomendação de manutenção e preço-alvo de R$ 7,50 destacando que, embora goste das características da construtora, acredita que a compra das ações implica em diversas condicionantes.
Dentre elas, condições favoráveis para o Minha Casa, Minha Vida, dividendos adicionais para melhorar o retorno e, principalmente, a melhora do desenvolvimento do negócio. “Temos uma visão construtiva sobre o nome mas, dada a nossa visão cada vez mais negativa em relação ao setor, nós não recomendamos o aumento da exposição neste momento”.
Localiza
A Localiza (RENT3) registrou lucro líquido de R$ 100,3 milhões no primeiro trimestre de 2015, queda de 5,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida atingiu R$ 1,007 bilhão, crescimento de 0,8% utilizando a mesma base de comparação.
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Helbor
A Helbor (HBOR3) reportou nesta noite sua prévia operacional. A incorporadora informou que seus lançamentos atingiram R$ 57,2 milhões no primeiro trimestre em VGV (Valor Geral de Vendas) total, 76,9% inferior ao lançado no mesmo período de 2014. A VSO (Vendas sobre Oferta) atingiu 6,8% no trimestre, considerando a parte Helbor.
Grendene
A Grendene (GRND3) encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 136,9 milhões, crescimento de 41,8% na comparação com o mesmo período de 2014 – um resultado impulsionado pela melhora no desempenho de calçados no mercado interno, com elevação nas vendas de itens com maior valor agregado.
Cremer
A Cremer (CREM3), fabricante de produtos para cuidados médicos, reportou lucro líquido de R$ 9,166 milhões no primeiro trimestre, resultado 71,3% superior ao mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, o grande responsável pelo crescimento foi o avanço expressivo da operação de odontologia.
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Copasa
A Copasa (CSMG3) informou que o conselho de administração aprovou a constituição de adiantamento para futuro aumento de capital, por parte do acionista controlador, Estado de Minas Gerais, para posterior aumento de capital, no valor de R$ 128,4 milhões.
De acordo com análise do Santander, mesmo o aumento do capital sendo pequeno, este é um desenvolvimento negativo para a companhia, uma vez que seria melhor que a empresa incorresse em tarifas mais altas para enfrentar o ano mais seco que o esperado e queda nas perspectivas para 2015-2016. A análise do banco vê risco para as estimativas e espera volatilidade de preços das ações.
BHG
Um vendedor se desfez ontem de 6 milhões de ações da BHG (BHGR3) por meio de um leilão na BM&FBovespa. A operação, que havia sido previamente anunciada, ficou R$ 0,02 abaixo do estipulado, saindo por R$ 18,88 por ação. O intermediário da venda foi o Morgan Stanley. A operação teve como comprador um investidor que também opera pelo banco de investimentos, conforme informações captadas no Profit Chart. O montante vendido, que representa 9,54% do capital social da empresa, gerou um volume financeiro de R$ 113,28 milhões – correspondente a maior parte de transações realizadas com as ações da BHG hoje (R$ 199,4 milhões). O papel encerrou o pregão de ontem com leve alta de 0,05%, a R$ 18,88.
Log-In
A Log-In (LOGN3) divulgou na noite de ontem sua prévia operacional do primeiro trimestre deste ano. A navegação costeira obteve recorde de volume transportado no período, movimentando 75,5 mil TEUS (unidade de medida que representa a capacidade de carga de um container), crescimento de 35,7% na comparação com o primeiro trimestre de 2014.
JSL
A JSL (JSLG3) apresentou os dados preliminares do primeiro trimestre, mostrando um crescimento de 15% na receita bruta total frente o mesmo período do ano passado, para R$ 1,53 bilhão e um aumento de 25% na venda usual de ativos frente o mesmo período.
(com Reuters e Agência Estado)