Aberdeen recusa oferta para OPA da Souza Cruz; Petrobras, Oi e mais 4 notícias no radar

Fibria irá aumentar preço da celulose enquanto Oi diz que não tem nenhuma negociação com novo sócio

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A terça-feira (10) começa agitada na Bolsa com a informação de que a Aberdeen, maior acionista da Souza Cruz (CRUZ3) rejeitou a oferta da BAT para fechar o capital da companhia fabricante de cigarros. Segundo Nick Robinson, chefe de equities da Aberdeen no Brasil, disse à Bloomberg, a BAT oferece “um preço baixo dada a qualidade da companhia”.

De acordo com ele, a Aberdeen tem mantido contato com outros investidores e a maioria divide a mesma opinião. “Estamos avaliando vender a um preço mais alto”, completou. A BAT (British American Tobacco) se ofereceu para pagar R$ 10,1 bilhões, ou R$ 27,75 por ação pelos 24,7% que ainda não detém na Souza Cruz.

Petrobras (PETR3; PETR4)
Apesar das especulações que ganham força no mercado financeiro, o Tesouro Nacional não pretende oferecer garantias à captações da Petrobrás nos mercados interno ou externo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com a publicação, não há hoje nenhuma operação da petrolífera sendo estruturada com o aval do Tesouro. Lembrando que na semana passada, a companhia anunciou ter obtido do conselho de administração autorização para captar este ano até US$ 19 bilhões.

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Fibria (FIBR3)
Segundo a assessoria de imprensa da Fibria, em resposta à Bloomberg, a companhia elevará seu preço de celulose em US$ 20 por tonelada a partir de 1º de abril. Com isso, o preço da commodity passa a ser de US$ 880 por tonelada para o mercado norte-americano, US$ 790/t para a União Europeia e US$ 680/t para a Ásia.

Oi (OIBR4)
Já a Oi divulgou um comunicado na noite de ontem em esclarecimento a uma notícia do jornal Valor Econômico da última semana, em que a publicação afirmava que a companhia estava buscando um novo sócio russo.

De acordo com a empresa, “não há até esta data qualquer decisão ou negociação pela companhia visando à entrada de novo sócio relevante ou à aquisição de participação da Portugal Telecom SGPS na Oi”. A companhia ainda disse que “avalia regularmente oportunidades, propostas e alternativas econômicas que possam contribuir para melhoria operacional e/ou do seu modelo de governo ou que viabilizem os investimentos necessários à implementação dos seus planos estratégicos e ao desenvolvimento dos seus negócios”.

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Copasa (CSMG3)
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) solicitou à Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (ARSAE-MG), reajuste tarifário dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário. Em pedido protocolado, a companhia não menciona o percentual, mas solicita reajuste para vigorar entre maio de 2015 e abril de 2016.

Arteris (ARTR3), CCR (CCRO3) e Ecorodovias (ECOR3)
Segundo o Valor Econômico, o governo pretende autorizar reajustes extraordinários das tarifas de pedágio para compensar as perdas de concessionárias de rodovias com a nova Lei dos Caminhoneiros, sancionada pela presidente Dilma Rousseff para jogar panos quentes no movimento de protesto dos motoristas.

Porém, de acordo com a publicação essa autorização, no entanto, deverá ocorrer somente em meados de 2016. A alta pode ficar entre 14% e 20%, em média, segundo estimativas preliminares de algumas autoridades.

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Eletrobras (ELET3; ELET6)
A companhia informou que a Chesf tem a receber R$ 1,19 bilhão do total de R$ 5,68 bilhões sobre os ativos de transmissão existentes em maio de 2000, para o fim de indenização das concessões que foram renovadas em 2012. O laudo com os valores, elaborado pela consultoria Deloitte foi encaminhado na sexta-feira à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ainda precisa ser aprovado pelo regulador, o que pode levar até 150 dias.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.