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SÃO PAULO – Após esboçar um dia de queda depois do Datafolha sinalizar uma melhora no quadro eleitoral de Dilma, o Ibovespa virou para o positivo e subiu 1,59%, fechando a 53.874 pontos, embalado pelas boas notícias dos Estados Unidos.
Mais uma vez, as exportadoras roubaram a cena e lideraram os ganhos desta quinta-feira (3), enquanto o lado negativo ficou com as ações da Oi (OIBR4), que que acumulam queda de 17% em 5 pregões.
Ao todo, 7 das 71 ações do Ibovespa subiram mais de 3%, enquanto apenas 2 ações caíram mais de 2%.
Confira os principais destaques da Bolsa nesta quinta-feira:
Vale e siderúrgicas
Vale (VALE3, R$ 31,05, +2,00%; VALE5, R$ 27,74, +1,99%) subiu forte pelo 4° pregão seguinte e acumula ganhos de mais de 6% nesse período. A Bradespar (BRAP4, R$ 21,22, +1,39%), holding que detém participação na Vale, também fechou no positivo. Os papéis da mineradora seguem embalados por dados positivos da China, com o PMI de serviços mostrando estabilidade da economia do gigante asiático – principal destino das exportações da mineradora.
Desde o começo da semana, as exportadoras têm sido beneficiadas pela valorização do dólar frente ao real. Nesta quinta-feira, a divisa norte-americana chegou a subir 1,0% ante o real, mas virou para queda de 0,57% diante da reversão de fluxo do investidor estrangeiro. Mesmo com essa queda, as siderúrgicas Usiminas (USIM5, R$ 8,34, +2,84%), Gerdau (GGBR4, R$ 13,68, +3,01%) e CSN (CSNA3, R$ 10,13, +4,87%), além da fabricantes de papel e celulose Fibria (FIBR3, R$ 23,12, +3,68%) subiram entre 2,5% e 5%.
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Kroton e Anhanguera
As ações da Kroton (KROT3, R$ 61,37, +1,84%) e Anhanguera (AEDU3, R$ 18,35, +1,77%) subiram quase 2% no dia marcado pela aprovação da fusão entre as duas empresas. A assembleia realizada nesta tarde, os acionistas aprovaram a união – que resultará na deslistagem das ações da Anhanguera na Bovespa – sobre a incorporação das ações da Anhanguera. Ainda hoje foi aprovada a distribuição de R$ 483 milhões em dividendos intermediários, referentes ao exercício de 2013.
Oi
A Oi (OIBR4, R$ 1,76, -2,76%) afirmou hoje que não foi informada pela Portugal Telecom sobre o investimento na dívida da Rio Forte Investiments, acrescentando que tomará medidas para defender seus interesses. Em fato relevante, a Oi afirmou ter solicitado esclarecimentos adicionais à Portugal Telecom, com a qual está em processo de fusão, sobre a compra de 897 milhões de euros em notas promissórias da Rio Forte, que faz parte do Grupo Espírito Santo.
Segundo a Oi, o investimento da parceira portuguesa foi feito antes da subscrição e integralização do capital da Oi pela Portugal Telecom.
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Cielo e Smiles
Depois de anunciarem parceria, Cielo (CIEL3, +0,75%, R$ 44,33) e Smiles (SMLE3, +0,17%, R$ 45,91) fecharam em alta na Bovespa. Ontem, a Cielo, que tem entre os seus sócios Bradesco e Banco do Brasil, e a Smiles, gestora de programa de fidelidade capitaneado pela Gol Linhas Aéreas (GOLL4), confirmaram a assinatura de uma parceria estratégica para oferecer aos varejistas o acúmulo, o resgate e a consulta de milhas do programa de fidelidade Smiles por meio das máquinas da Cielo.
O programa passará a valer na segunda metade do ano e facilitará a maneira de utilizar os créditos de fidelidade. A parceria pode alcançar toda a rede de 1,4 milhão de estabelecimentos atendidos pela credenciadora no Brasil, de acordo com comunicado divulgado ao mercado. Graças à parceria, os clientes Smiles que realizarem pagamentos com cartão na máquina da Cielo vão acumular milhas automaticamente.
As ações da Cielo são cotadas pelos analistas como uma das candidatas a ser a “campeã da Copa“, já que a companhia tende a ser a que mais deve se beneficiar com o mundial no Brasil.
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Magazine Luiza (MGLU3, R$ 9,79, +4,04%)
A outra empresa que disputa com a Cielo o posto de “campeã da Copa” é a Magazine Luiza, que vê suas ações subirem no pregão desta quinta-feira.
De junho pra cá as ações já subiram mais de 20% e atingiram nesta quinta-feira seu maior patamar desde 11 de novembro de 2013.
MRV (MRVE3, +0,13%, R$ 7,44)
Na véspera, o fundador e presidente do conselho de administração da MRV, Rubens Menin, disse que o governo iria anunciar hoje a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida. A MRV é uma das principais beneficiadas na Bolsa pelo programa, juntamente com Direcional (DIRR3) e Gafisa (GFSA3), através da Tenda.
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Estatais e bancos
Se num primeiro momento estatais e bancos caíram forte na Bovespa depois da pesquisa Datafolha apontar crescimento de Dilma Rousseff, as ações amenizaram as perdas e alguma delas chegaram a virar para o positivo, sendo elas: Petrobras (PETR3, R$ 16,34, +1,55%; PETR4, R$ 17,50, +2,22%), Banco do Brasil (BBAS3, -0,08%, R$ 24,50) e Eletrobras (ELET3, -0,16%, R$ 6,19; ELET6, -0,00%, R$ 10,26).
A leitura do mercado é que a pesquisa não foi tão “ruim” para a Bolsa, que via na queda das intenções de voto de Dilma Rousseff (PT) como um motivo para a arrancada nos últimos meses. Isso porque no segundo turno a vantagem de Dilma contra Aécio Neves (PSDB) voltou a cair: 7% em junho (46% a 39%), contra 8% em junho e 11% em maio.
As ações dos bancos privados viraram para alta depois de um início de pregão também negativo: Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 31,79, +0,73%) e Bradesco (BBDC3, R$ 33,19, +2,82%, BBDC4, R$ 32,49, +1,75%).
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Eletropaulo (ELPL4, +0,19%, R$ 10,29)
As ações da Eletropaulo zeraram os ganhos do Ibovespa nesta quinta-feira depois que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) propôs um reajuste de 18,66% para as tarifas da empresa, acima do pleiteado de 16,69%. O aumento passará a vigorar a partir de amanhã.
Além disso, o presidente da empresa, Britaldo Soares, disse a jornalistas nesta quinta-feira que ainda busca na Justiça reverter a decisão da Aneel Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que determinou que a empresa devolva R$ 626 milhões aos consumidores.
Biosev (BSEV3, R$ 6,80, +5,10%)
A Biosev anunciou na noite anterior que a CVM deu autorização para procedimento alternativo relativo ao IPO feito no ano passado. O procedimento será aplicado caso os donos de opções de venda lançadas pela Hédera Investimentos no IPO exerçam seu direito de vender ações para esta empresa, em volume que a faça adquirir mais de um terço das ações no mercado.
Caso isso ocorra, o controlador da Biosev terá o direito de alienar papéis que excedam um terço das ações em circulação em 18 meses após 21 de julho, a fim de dispensar a necessidade de realizar uma oferta pública de aquisição por aumento de participação, informou a companhia.
Vale lembrar: junto com seu IPO, em abril do ano passado, a Biosev vendeu uma opção de venda no valor de R$ 15,00. Atualmente, a ação está cotada a quase 54% abaixo deste preço.
Gol (GOLL4, R$ 12,19, +0,08%)
A Gol anunciou ontem o resultado da oferta antecipada de aquisição de notas seniores com vencimento em 2023 e 2017. Segundo a empresa, 54,95%, ou US$ 98,909 milhões, das notas com vencimento em 2023 e 41,77% (US$ 87,719 milhões) dos títulos de 2017 foram oferecidos para aquisição.
O Conselho de Administração da Gol aprovou em junho a realização de ofertas de aquisição dos títulos de dívida no mercado externo, por até US$ 150 milhões, menos o valor pago pela aquisição das notes 2023.
IMC (IMCH3, R$ 19,80, -1,88%)
As ações da companhia que cuida de redes de alimentos – como Frango Assado – foram rebaixadas de compra para manutenção pelo Santander Corretora.
Light (LIGT3, R$ 20,70, -2,08%)
Outra que caiu quase 2% após corte de recomendação foi a Light: a companhia passou de outperform (performance acima da média do mercado) para neutra pelo Credit Suisse.
BR Insurance (BRIN3, R$ 12,18, +3,22%)
A BR Insurance teve mais um dia de alta e segue firme na missão de “renascer” no mercado acionário, após ter perdido mais de 60% de valor de mercado entre 31 de março e 7 de abril. De 6 de junho pra cá, dia que a companhia reagiu à notícia de que a Gávea Investimentos poderia adquirir a empresa, as ações BRIN3 subiram 50%; da mínima alcançada em 7 de abril (R$ 5,68) até hoje, a valorização é de 115%.