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SÃO PAULO – A Confab (CNFB4) figurou nesta segunda-feira (28) entre as maiores quedas dentre as ações negociadas na BM&F Bovespa, repercutindo o fato relevante divulgado na noite do último domingo. Em nota, a Ternium fechou acordo com a Votorantim e Camargo Corrêa (CCIM3) para a compra de suas participações no bloco de controle da Usiminas (USIM3, USIM5), pagando R$ 36 por ação para as 139,7 milhões de ações ON adquiridas – o equivalente a 27,7% do capital votante da siderúrgica.
Em resposta ao anúncio, os papéis da Confab desabaram 16,31%, fechando a R$ 3,90, após terem chegado a cair 19,10% no intraday, quando bateram sua mínima do dia (R$ 3,77). É a primeira vez que os ativos CNFB4 atingem esses níveis desde o final de agosto, antes do seu acionista controlador anunciar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) para fechar o capital da companhia – operação esta que foi cancelada no começo de novembro.
O volume financeiro registrado por CNFB4 neste pregão foi de R$ 15,3 milhões mais de cinco vezes a média diária relatada nos últimos 21 pregões, que girava em torno de R$ 3 milhões. Ao todo, 2.337 negócios foram realizados com esses papéis, contra média de 400 negócios por dia.
Confab pagará R$ 900 milhões
Segundo comunicado, o grupo argentino Techint utilizou das suas subsidiárias Ternium e Confab para ingressar no capital votante da Usiminas. O grupo passar a deter o controle de 322,7 milhões de ações ordinárias da siderúrgica, distribuídos em 84,7 milhões, 30 milhões e 25 milhões com a Ternium, Siderar (controlada da Ternium) e a Confab, respectivamente.
A Ternium vai “financiar a aquisição da participação de R$ 4,1 bilhões com dinheiro e dívida”. A Confab, por sua vez, vai desembolsar R$ 900 milhões para cumprir sua parte da operação, que consiste em comprar 5% das ações ordinárias e 2,5% do capital social da Usiminas.
Briga pelo controle da Usiminas
Desde o começo do ano que o bloco de controle acionário da Usiminas vinha sendo alvo de investidas por muitas empresas, gerando bastante especulação no mercado. Uma das companhias mais ávidas a ingressar no controle acionário da siderúrgica de Minas Gerais era a CSN (CSNA3), que veio nos últimos meses adquirindo ações da companhia no mercado, tendo realizado sua última compra de ações duas semanas atrás. Sua participação chegou a 11,66% de USIM3 e 20,14% de USIM5.
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Contudo, o bloco controlador, formado até então por Nippon Stell, Camargo Corrêa, Votorantim e CEU (Caixa dos Empregados da Usiminas), sempre se mostraram muito resistentes à entrada da CSN no bloco de controle. O acordo firmado no último fim de semana diluiu o controle acionário da Usiminas em três empresas: Nippon (46,1%), Ternium/Confab (43,3%) e CEU (10,6%). Como não houve mudança no controle majoritário da empresa – que permaneceu com a Nippon -, os acionistas não terão direito ao tag along.