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SÃO PAULO – Em meio à polêmica sobre a suspensão do “cartão de suprimento” para o Palácio da Alvorada por dois dias, o que deixou a presidente afastada Dilma Rousseff revoltada, os dados do Planalto mostram que ela gastou, de janeiro a maio, cerca de R$ 280 mil no cartão para despesas alimentícias, segundo a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. Este valor representa uma média de R$ 62 mil por mês.
De 13 a 31 de maio — os 18 primeiros dias de afastamento — o gasto bateu R$ 54 mil, informa a coluna. Já a assessoria da petista diz que tomará medidas para apurar o vazamento de informações sigilosas “sobre a segurança” do palácio.
No sábado, o jornal destacou que o Planalto havia suspendido as despesas com alimentação por dois dias. Procurada pelo jornal, a Secretaria de Governo reconheceu a suspensão, informando que ela foi “provisória” até receber parecer jurídico sobre os direitos de Dilma. Na noite de sexta, Dilma já estava liberada para compras.
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As restrições não param por aí. Após a Casa Civil da Presidência da República recomendar a restrição do uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) pela presidente afastada, ela teve o primeiro pedido de transporte negado ontem (6) pelo Palácio do Planalto. O pedido negado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) era para uma viagem a Campinas (SP), onde Dilma participa hoje (7) de um encontro com cientistas.
Na semana passada, a Casa Civil emitiu parecer defendendo que a presidente afastada use aviões da FAB somente nos deslocamentos ente Brasília e Porto Alegre, onde mora sua família. O documento foi elaborado a pedido do próprio GSI e da Secretaria de Administração da Presidência e tem como base a informação de que, enquanto afastada, ela não tem agendas oficiais como chefe de Estado e de Governo.
Na última sexta-feira, ao saber da restrição, Dilma criticou a decisão e disse que a situação teria que ser resolvida de alguma forma porque ela continuará viajando.
(Com Agência Brasil)