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SÃO PAULO – Dias após ser alvo do primeiro protesto de ciclistas contra o fim do programa de expansão das ciclovias, o prefeito eleito de São Paulo João Doria (PSDB) pedalou pela Avenida Faria Lima no último domingo com um grupo de 30 cicloativistas. Pressionado, Doria admitiu manter a velocidade máxima em 50 km/h em alguns trechos das marginais.
De acordo com o tucano, a pista local teria pontos com limites a 60 km/h e outros com limites nos 50 km/h vigentes atualmente. “Onde existir comprovadamente um fluxo grande de pedestres poderemos reestudar, sim, o limite de velocidade. (…) Vamos analisar caso a caso e levar em conta o mapeamento dos acidentes. Aí se modifica [aumenta] a velocidade nessas áreas. Acho sensato”, afirmou ele ao jornal O Estado de S. Paulo.
Até então, o prefeito eleito dizia que aumentaria os limites das duas Marginais, voltando à velocidades antigas, “na segunda semana de mandato”.
Doria também disse que não investirá recursos públicos para ampliar a rede cicloviária, afirmando que as empresas poderiam fazer isso – sem dar mais detalhes de como isso iria ocorrer. “Com a iniciativa privada, pode-se ampliar, sem nenhum problema. O investimento público já foi feito. A ideia é que agora a manutenção das ciclovias e sua expansão sejam feitas por empresas parceiras.”
De acordo com Willian Cruz, cicloativista do site Vá de Bike, Doria se mostrou aberto ao diálogo em encontro com os ciclistas. “Conversamos com ele por uma hora e ele pareceu disposto a entender nossa realidade. Foi um bate-papo informal, mas ele falou de uma maneira mais suave a respeito da eliminação de ciclovias e disse que, assim que for montada, colocará sua equipe de transição em contato conosco para discutir melhor o assunto”.