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SÃO PAULO – De acordo com informações do jornal Valor Econômico, em meio à iminente delação do ex-ministro Antonio Palocci, instituições financeiras estão se adiantando e fazendo consultas ao MPF (Ministério Público Federal) em busca de informações mais detalhadas sobre as regras e condições dos acordos de leniência do órgão.
Segundo a publicação, a força-tarefa da Lava Jato já foi procurada por bancos interessados em relatar irregularidades. Os nomes das empresas são guardados a sete chaves em meio ao enorme risco de que um eventual vazamento acarrete corrida bancária. Os rumores nas mesas de operações de que instituições financeiras estariam negociando delações, antecipando possíveis revelações de delatores, ganharam força nas últimas semanas. O Valor ressalta que, além de Palocci, desperta temores no setor a colaboração do doleiro Lúcio Funaro, acusado de ser o principal operador financeiro do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Conforme aponta o jornal, o destino dos bancos que quiserem celebrar um acordo de leniência é o Ministério Público. A Medida Provisória 784/17, editada na semana passada, deu ao Banco Central e à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) o poder de fechar acordos de leniência próprios. Contudo, a regra vale somente para infrações administrativas e não para crimes. Elas ainda terão que editar normativos prevendo os detalhes de como funcionarão seus acordos.