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SÃO PAULO – Em palestra na internet nesta terça-feira (9), Leandro Ruschel, sócio fundador da escola de investimentos Leandro&Stormer, destacou: não acredita que fortuna é acumulável através do trabalha assalariado. “Você pode se matar de trabalhar, mas, sem uma estratégia de investimentos, será pobre”, afirma.
Ele cita dados das autoridades fiscais dos EUA, que mostram que 45,6% da riqueza dos 400 homens mais ricos de lá vem de ganhos de capital e apenas 8,6% é decorrência de salário. Os dividendos pagos pelas empresas atingem os 13% e os juros recebidos de empréstimos e outras operações financeiras, 6,6%.
Portanto, Ruschel acredita que o ideal é que o investidor estude bastante para começar um processo de acumulação de capital que permitirá realmente. “O melhor investimento é educação, antes de qualquer coisa, estudem. Ele é necessário para vocês terem algum retorno”, avalia.
Depois que se estuda, o investidor deve então montar um plano para nortear os investimentos, já que é apenas com metódos bem pensados que se montará uma fortuna no longo prazo. “Criem um plano de investimentos, estudem antes de começar a investir. Não tenha pressa, é uma corrida de regularidade e não de velocidade”.
Objetivo inicial: vença a inflação
A grande preocupação do trader é perder dinheiro para a inflação – já que virá seu dinheiro acumulado perder poder de compra ao longo dos anos, citando que de 2000 até 2013, o real já perdeu 86% do valor por conta disso. “A Selic e o IPCA (Índice de Preços Consumidor – Amplo) estão cada vez mais próximos, e está cada vez mais possível ela ficar abaixo da inflação. Ou eu corro risco, ou eu não tenho para onde correr”, avalia.
Ter risco é parte do jogo: é ele que permite que os retornos sejam maiores, mas isso pode ser mitigado com diversos investimentos diversos. “É fácil perder da inflação, e se isso ocorrer, você está perdendo dinheiro, e não acumulando. Como não sabemos o futuro, vamos diversificar nossa carteira, para diluir o risco”, destaca.
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Diversificação de carteira
A carteira de Ruschel, usada como exemplo em sua palestra, fica 50% em reserva de valor e 50% em trades na BM&FBovespa – com rebalanceamento quando a variação dos preços dos ativos fizer com que uma parte supere a outra, alcançando 60% da atual carteira, para conseguir diminuir as regras.
Dentro da reserva de valor, 20% fica em fundos DI (Depositos Interbancários) de curto prazo e CDB (Certificados de Depósitos Bancários), 50% em fundos imobiliários – com prefência pelos fundos com lastro em “tijolo”, ou seja, construções reais ao invés de recebíveis, títulos públicos e LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário/Agrário). Os 30% restantes ficam em imóveis, CRI’s, debêntures e ouro – uma proteção.
Em termos de trade, 20% fica em operações de financiamento/taxa e long & shorts. 50% ficam em operações direcionais no mercado – seja long ou short – e os 30% restantes ficam com ETFs (Exchange Traded Funds) de índice, como o BOVA11. “Como já eu corro risco nos trades, não coloco as ações como reserva de valor”, avisa Ruschel.