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SÃO PAULO – Em 2007, de acordo com dados da Bovespa, o Home Broker, sistema eletrônico de negociações, apresentou crescimento bastante expressivo. Em relação ao ano anterior, o volume médio mensal aumentou 153%, passando de R$ 6 bilhões para R$ 15,6 bilhões.
Já a média mensal do número de negócios subiu 122%, de 752,4 mil operações em 2006 para 1,7 milhão em 2007. As operações por meio do Home Broker responderam por 8,4% do volume total transacionado na bolsa no ano passado.
O crescimento dos negócios através da plataforma eletrônica reflete o aumento de investidores individuais na Bovespa. Esse aumento, no entanto, trouxe outra conseqüência: um maior número de reclamações ao Ombudsman do Mercado, Joubert Rovai.
Home Broker no topo das reclamações
De acordo com Rovai, que apresentou um levantamento na última terça-feira (15), as reclamações sobre o Home Broker das corretoras representaram 27% do total em 2007.
“Apesar de ainda liderar a lista, a representatividade das reclamações do sistema eletrônico diminuiu frente a 2006, quando atingiu 33% do total”, afirmou o Ombudsman.
No entanto, em número de reclamações, houve um aumento de 45,7% no período. Segundo Rovai, os principais problemas apontados pelos investidores foram: lentidão do site, ordens não disparadas, divergências de saldos de ações e/ou de valores, impossibilidade de negociar direitos de subscrição, liquidação de posição acionária etc.
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Como resolver
Para o especialista, a sugestão com relação ao sistema seria aumentar o Índice de Disponibilidade, que indica percentualmente o tempo que o site da corretora ficou indisponível para seus clientes.
Atualmente, esse índice tem de ser maior ou igual a 95%. Se for inferior, a corretora tem de encaminhar à Bovespa e à CVM um relatório explicando o ocorrido, e informando as medidas adotadas para sanar o problema.
“Entendemos que seria necessário aumentá-lo [o índice], visando que as corretoras dediquem especial atenção à sua infra-estrutura tecnológica e a seus planos de contingência”, sugeriu Rovai.
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Com relação aos outros problemas, como divergências de valores e ordens, o Ombudsman acredita que cada corretora deve agir de acordo com sua carteira de clientes. “É necessário investir em tecnologia da informação. Se o objetivo é atrair mais investidores, haverá a necessidade de pensar no impacto e na demanda que esse crescimento pode trazer ao sistema”, disse.