Sem esboçar fortes reações ao corte do EFSF, sessão poderá seguir otimista

Analista ressalta que rebaixamento da S&P e do EFSF não surpreendeu o mercado; foco do dia estará na Grécia e na China

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Aparentemente alheio ao cenário externo ruim e após fechar em alta de 1,37% na segunda-feira (16), analistas projetam uma sessão positiva, apesar de ainda manter o foco na Europa.

“O downgrade de ontem da S&P e do EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira) para AA + dificilmente seria uma grande surpresa para os mercados após o rebaixamento da França, Áustria e uma série de outros países”, pondera diz Anders Moller Lumholtz, analista do Danske Bank.

Assim, nesta manhã, as principais bolsas europeias operam em alta, com destaques para as de Frankfurt (+1,43%), Londres (+1,05%) e Paris (+1,75%), em uma trajetória liderada pelas mineradoras, após a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) da China superar as expectativas do mercado.

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Contudo, os dados contidos na divulgação do PIB do país sugerem que a desaceleração da economia do país deve continuar, afirma o analista Wei Yao, do Société Générale. Desta forma, mais medidas de estímulo à economia devem surgir, afirma.

De volta à Europa, nesta data a Troika, que integra Comissão Europeia, Banco Central Europeu e FMI, deverá enviar uma delegação a Atenas para continuar as negociações sobre o segundo pacote de resgate ao país, em meio a greves em diversos segmentos do país. Já as negociações do IIF (Institute of International Finance), um corpo bancário global que representa portadores de títulos privados, e o governo grego estão definidas para continuar na quarta-feira.

Mais Europa
No calendário, ganha espaço a divulgação do indicador de preços ao consumidor da Zona do Euro e do Reino Unido, ambos do mês de dezembro. Quanto ao primeiro, o indicador se desacelerou de 3,0% em novembro para 2,7% em dezembro, ao passo que no segundo a queda foi mais acentuada, de 4,8% para 4,2%.

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Os dados alemães da confiança dos investidores na economia também chamam a atenção, já que o indicador ZEW mostrou forte alta e atingiu o maior nível desde julho de 2011. “O aumento desse mês sugere que nos próximos seis meses a atividade econômica alemã provavelmente vai se estabilizar, em vez de se deteriorar ainda mais”, revela o comunicado do instituto.

EUA de volta ao radar
Por fim, a principal economia mundial retoma suas atividades nesta terça-feira após o feriado de Martin Luther King manter os mercados locais fechados na véspera, e o pregão por aqui poderá acompanhar de perto as movimentações nos EUA.