Valendo R$ 1,82, dólar abre em forte queda refletindo otimismo do mercado

Analista avalia bom humor europeu como exagerado; forte agenda de indicadores norte-americanos pauta o dia

Graziele Oliveira

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SÃO PAULO – Pelo terceiro dia consecutivo, o dólar comercial abre a sessão desta quarta-feira (30) em forte queda de 1,2%, valendo R$1,827 na venda.

Segundo o operador de câmbio da Interbolsa do Brasil, Olvídio Soares, o mercado mundial está otimista. Tudo começou na última sexta-feira (25) com o recorde de vendas da Black Friday, data tradicional que marca as promoções com descontos no comércio dos EUA.

“Além disso, existe a possibilidade de um fechamento de acordo entre a União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional), (…) tudo caminha para que o FMI ajude a União Europeia. Este fatores, somados à possibilidade de adoção dos eurobonds (títulos uniformizados da dívida pública da Zona do Euro), criam esse clima de otimismo”, explica o operador.

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Porém, Soares acredita que há um excesso de otimismo, principalmente na Europa. “Por enquanto não tivermos atitudes concretas que os ajudem a sair da crise”, ressalta.

Por fim, a agenda de indicadores econômicos nos EUA e a reunião dos ministros das finanças da União Europeia devem ser os pontos de atenção dos investidores nesta data.

Indicadores domésticos
Na agenda de indicadores desta quarta-feira, os investidores acompanham o desfecho da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que definirá os rumos da taxa básica de juro nacional. Atualmente, a Selic encontra-se em 11,50% ao ano.

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Ainda no front doméstico, o Banco Central reporta o fluxo cambial, dado apresentado semanalmente que representa o movimento de entrada e saída de dólares do País. A FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou a sondagem industrial de novembro, que se manteve estável.

Agenda norte-americana
Nos Estados Unidos, a agenda econômica bastante movimentada terá como destaque a divulgação do Fed do Livro Bege, relatório sobre a atualidade econômica norte-americana, um compilado de informações dos bancos centrais regionais.

Os norte-americanos também conhecerão o ADP Employment, relatório que revela o número de postos de trabalho no setor privado do país. O Departamento de Trabalho apresenta a revisão do Productivity & Costs referente ao terceiro trimestre.

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Também será divulgado o Chicado PMI, indicador que mede o nível de atividade industrial na região. Ainda nos EUA, será revelado nesta data o Pending Home Sales, indicador responsável por medir a venda de casas existentes no país com contrato assinado, mas ainda sem transação efetiva. Além da publicação do relatório semanal de Estoques de Petróleo.