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SÃO PAULO – A chanceler alemã, Angela Merkel, reforçou no último domingo (21) sua oposição aos eurobônus, títulos conjuntos de países da Zona do Euro, afirmando que não vai deixar que os mercados financeiros ditem as política do bloco.
Embora tenha admitido que o endividamento comum possa chegar a algum ponto num “futuro distante”, ela considerou que a introdução dos eurobônus neste momento iria prejudicar ainda mais a estabilidade econômica da região e que eles “não são a resposta certa agora”.
“Neste momento, em que estamos numa crise dramática, os eurobônus são exatamente a resposta errada”, afirmou Merkel numa entrevista à televisão alemã ZDF, citada por agências internacionais. “Eles nos levam a uma união de dívida e não a uma união da estabilidade. Cada país têm de tomar seus próprios passos para reduzir a dívida”, defendeu.
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Pressões do mercado
Merkel intensificou sua oposição aos bônus europeus desde que retornou das férias de verão na semana passada. Em contrapartida, as reivindicações dos investidores pela implementação dos eurobônus também se intensificaram na última semana, depois que as preocupações com a crise da dívida e a economia global derrubaram os preços das ações europeias aos menores níveis em mais de dois anos.
“Os políticos não podem e não vão simplesmente correr atrás dos mercados”, disse Merkel. “Os mercados querem nos forçar a fazer certas coisas. Isso não faremos. Nós políticos temos que garantir nossa inviolabilidade, ter certeza de que poderemos fazer política para o povo”.