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SÃO PAULO – Incorporando as despesas financeiras elevadas, acima das estimativas, nos últimos dois trimestres, o BTG Pactual reduziu o preço-alvo para as ações da Anhanguera (AEDU3) de R$ 54 para R$ 51, mas ainda assim reiterou a recomendação de compra. Diante disto, o novo preço-alvo implica uma possível valorização de 55,96% com base no último fechamento.
De acordo com os analistas João Carlos Santos e Pedro Montenegro, o lucro por ação sofreu alguns impactos, sobretudo por conta da volta da amortização do goodwill (conhecido na contabilidade como o valor da parte intangível do negócio de uma empresa) e pela política de fusões de aquisições da Anhanguera.
Impactos no curto prazo
Uma parcela do ágio gerado nas aquisições da companhia, relacionado principalmente com o valor de seu portfólio de estudantes, voltou a ser amortizado através das demonstrações financeiras, o que acabou impactando contabilmente o lucro por ação.
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Além disso, a forte política de fusões e aquisições acabou impactando negativamente o retorno das ações no curto prazo. Os analistas afirmam que cerca de 51% do crescimento de receita com vendas da Anhanguera veio de aquisições entre o período 2010-2015. Porém, a estimativa é que o tempo necessário para maturação dessas operações é de 4 a 5 anos. Dito de outra forma, o retorno das ações no curto prazo tende a ser menor do que o potencial financeiro no caixa da companhia.
Recomendação de compra
Contudo, a dupla de analistas do BTG considera a política de aquisições como um fator positivo para a empresa no médio e longo prazo, e é por isso que eles recomendam a compra das ações.
“Dada a recente underperformance (desempenho abaixo da média do mercado) das ações, estamos confortáveis com a recomendação de compra”, explicam os analistas.