Estatais e bancos disparam após Sensus, TIM sobe 6% e Marisa despenca; veja mais

Nos destaques estiveram também as ações da Eztec, que divulgou seus dados operacionais, além da Sabesp e Usiminas

Leonardo Silva

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SÃO PAULO – A sexta-feira (17) fechou com a disparada do Ibovespa após a divulgação do Sensus, com o índice fechando a semana com alta de 2,63%, a 55.723 pontos, sendo que, próximo ao fechamento, a principal carteira de ações da Bolsa disparou 600 pontos em 15 minutos. Dentre os 70 papéis do índice 6 caíram mais de 1%, enquanto 22 subiram mais de 3%. Destaque para as companhias de telecomunicação, que fecharam entre a estabilidade e ganhos de quase 6%.

Na ponta de cima do índice esteve a TIM (TIMP3), que fechou com ganhos de 5,67%. Apesar do movimento, o noticiário das empresas seguiu sem nenhuma novidade. Além das companhias, vale destacar as ações das estatais e bancos, principalmente, a Petrobras (PETR3;PETR4), que após cair 15% nos últimos 3 pregões, fechou com ganhos.

Fora do Ibovespa, vale mencionar as ações de Eztec (EZTC3) e Lojas Marisa (AMAR3). A primeira, divulgou dados operacionais nesta sexta-feira, enquanto a varejista reagiu ao corte de recomendação.

Confira os destaques da Bolsa:

Petrobras (PETR3, R$ 18,18, +3,06%PETR4, R$ 19,09, +2,36%)
Após derraparem por três dias seguidos em meio às incertezas sobre o cenário externo, as ações da Petrobras voltam a subir e fecharam a sessão desta sexta com forte alta. Do fechamento de segunda-feira até ontem, os papéis preferênciais da estatal acumulam queda de 15%. Apesar disso, hoje os mercados de fora já mostram recuperação e impulsionam as ações do Ibovespa.

Além das indicações de fora, as estatais e bancos também repercutiram o cenário eleitoral após a pesquisa Sensus mostrar que a a diferença entre os candidatos que era de 17,6 pontos caiu para 12,8 pontos, com Aécio Neves (PSDB) liderando as intenções de voto com 56,4% dos votos válidos, contra 43,6% de Dilma Rousseff (PT).

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Vale mencionar também as ações do Banco do Brasil (BBAS3, R$ 31,99, +2,66%) e Eletrobras (ELET3, R$ 6,99, +6,72%; ELET6, R$ 10,40, +4,94%), além dos bancos privados, Bradesco (BBDC3, R$ 36,63, +4,27%BBDC4, R$ 37,60, +3,87%) e Itaú (ITUB4, R$ 36,70, +2,92%). 

TIM (TIMP3, R$ 11,75, +5,67%)
As ações da TIM chegaram a disparar mais de 7% nesta sessão, apesar de não ter nenhuma notícia no radar da companhia. Vale mencionar que em outubro, os papéis da empresa apresentam queda de 7,68% 

Sabesp (SBSP3, R$ 19,64, +2,51%)
As ações da Sabesp fecharam entre as maiores altas do Ibovespa em meio a notícia de que a Justiça derrubou ontem a liminar que barrava a empresa de usar o 2° volume morto do Sistema Cantareira.

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A suspensão da medida foi solicidada pela empresa, pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) e pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), que contam com os 106 bilhões de litros da segunda reserva profunda das represas para manter o abastecimento da Grande São Paulo até março de 2015 sem precisar decretar racionamento oficial. 

Eztec (EZTC3, R$ 20,80, +0,73%)
Os papéis da Eztec reagiram aos dados operacionais divulgados nesta sexta-feira. A companhia informou que seu VGV (Valor Geral de Vendas) totalizou R$ 404 milhões no terceiro trimestre, alta de 47% na comparação com o mesmo período do ano anterior. As vendas chegaram a R$ 352 milhões, expansão de 75%. Já o VSO (índice que mensura a velocidade de vendas) alcançou 23,5%, elevação de 5,4 pontos percentuais.

Lojas Marisa (AMAR3, R$ 14,27, -1,79%)
As ações da Lojas Marisa caíram forte nesta sessão em meio ao corte de romendação. A empresa teve sua recomendação cortada pelo Deustche Bank. O banco revisou para baixo a classificação, para venda. 

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Itaú (ITUB4, R$ 36,70, +2,92%)
Ainda no radar do Itaú Unibanco, o banco informou ontem que o Banco Central brasileiro aprovou a união das operações da sua unidade Banco Itaú Chile com o CorpBanca no Chile e nas demais regiões em que o CorpBanca atua. Os bancos anunciaram a operação no final de janeiro, numa transação de pelo menos US$ 3,7 bilhões.

Usiminas (USIM5, R$ 5,88, 0,00%)
Em entrevista ao Valor, Roberto Caiuby Vidigal, que preside os negócios do grupo Techint no Brasil e um dos conselheiros da Usiminas, disse que os japoneses Nippon Steel, com os quais divide o bloco de controle da siderúrgica, de aplicar um golpe para mudar o comando da siderúrgica mineira, em referência a destituição do diretor-presidente (CEO) e mais dois diretores da companhia, anunciada no final de setembro. Para ele, a Nippon está incomodada com as mudanças que eles fizeram na companhia desde a chegada em 2012 e querem a “volta do passado”.