Ações ON da Usiminas perdem o fôlego e fecham com alta de 1,35%

USIM3 chegaram a subir 4,6% no intraday, repercutindo o possível aumento de participação da CSN no capital votante da empresa

Tainara Machado

Publicidade

SÃO PAULO – Após registrarem ganhos de 4,62% no intraday, as ações ordinárias da Usiminas (USIM3) foram perdendo as forças durante a tarde, acompanhando a tendência do mercado, e fecharam esta terça-feira (29) com alta de 1,35%, ficando cotadas a R$ 29,20. O Ibovespa, por sua vez, subiu 0,34% no pregão.

Mais uma vez, a trajetória positiva dos papéis ON da siderúrgica esteve associada à uma possível mudança na composição acionária do seu capital votante. Nesta terça-feira, a administração da CSN (CSNA3) afirmou que a participação total no capital com direito a voto da Usiminas pode alcançar até 10%. Atualmente, a fatia equivale a 8,62% das ações ON.

Para Leonardo Bardese, operador de mesa da BGC Liquidez, a reiteração desse objetivo pela administração da empresa explicou o avanço dos papéis ordinários da siderúrgica. De forma mais amena, as ações preferenciais classe A da Usiminas (USIM5) fecharam com valorização mais amena, de 1,0%, para R$ 19,27.

Especulações dão gás as ações
Embora não existam fatos concretos, a especulação de que tanto a Gerdau (GGBR4) quanto a CSN teriam interesse em participações relevantes no capital da Usiminas tem impulsionado as ações da companhia, principalmente as ordinárias, que teriam direito a tag-along em uma eventual mudança de controle.

Embora ressalte que não trabalha com a possibilidade de que as duas siderúrgicas venham a disputar entre si uma fatia no controle da Usiminas, Bardese lembra que, como regra geral, a existência de dois interessados em comprar uma participação em determinada empresa acaba forçando preços para cima.

Em nota, o Barclays lembrou que a CSN reiterou ainda que continua a analisar alternativas para seu investimento na Usiminas, considerado estratégico, o que incluiria aquisições adicionais que poderiam lhe garantir uma participação no bloco de controle da empresa, formado até 2016 pela Votorantim e Camargo Corrêa, Nippon e a CEU (Caixa dos Empregados da Usiminas). Nos preços atuais, a fatia na siderúrgica é de R$ 1,77 bilhão, ou 5% do valor de mercado da CSN.