Cade aprova fusão entre Kroton e Anhanguera com restrições

Por meio de ACC, companhias se comprometeram a alienar a Sociedade Educacional Leonardo da Vinci, bem como duas instituições de ensino superior que oferecem cursos presenciais

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou na tarde desta quarta-feira (14) a fusão entre a Anhanguera (AEDU3) e a Kroton (KROT3), mediante a celebração de um ACC (acordo em controle de concentrações). 

Por meio do ACC, as companhias se comprometeram a alienar a Sociedade Educacional Leonardo da Vinci, detentora do Centro Universitário Leonardo da Vinci, que oferece cursos de graduação na modalidade EAD (ensino a distância) sob a bandeira Uniasselvi, bem como duas instituições de ensino superior que oferecem cursos presenciais em Rondonópolis e Cuiabá. 

De acordo com comunicado emitido pelo Cade, as empresas também assumiram, com o ACC, o compromisso de limitar o número de alunos que poderá ser captado por suas bandeiras em determinados cursos EAD em 48 municípios específicos, até 2017.

Além disso, e pelo mesmo período, a Kroton e a Anhanguera se comprometeram a não utilizar concomitantemente suas bandeiras para captar novos alunos em determinados cursos EAD em municípios nos quais ambas venham a atuar.

“Com relação aos cursos EAD/municípios não afetados por tais compromissos, as atividades de Unopar e Uniderp permanecem inalteradas, inclusive no que se refere a seus respectivos planos de expansão”. A Kroton e a Anhanguera, destacou o Cade, manterão os acionistas e o mercado em geral informados sobre quaisquer desdobramentos relevantes relacionados ao cumprimento do ACC celebrado e ressaltam seu compromisso de cooperar com o CADE até o cumprimento integral de todas as obrigações assumidas.

As duas companhias anunciaram fusão em abril do ano passado, numa operação que cria a maior companhia de educação do Brasil. As ações da ganharam força após a notícia, mas fecharam com queda de 0,30%, a R$ 55,79 – atingindo na mínima do dia perdas de 2,97%. Por outro lado, os papéis da Anhanguera viraram após chegarem a recuar 3,19% e fecharam o dia com alra de 1,06%, cotados a R$ 16,16. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.