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SÃO PAULO – Na quinta-feira (8), o Tribunal de Justiça da União Europeia julgou que as golden shares que o governo de Portugal utilizou para barrar a venda da parte que a Portugal Telecom tem na Vivo (VIVO3, VIVO4) à Telefónica são ilegais. O desdobramento dessa decisão, segundo análise de Luciana Leocádio, tende a ser positivo, principalmente às ações ordinárias da operadora móvel brasileira.
De acordo com a analista da Ativa Corretora, a expectativa é de que os papéis ordinários da Vivo ainda tenham upside próximo de 23% em relação ao preço de tag-along, que a Ativa estima ser de R$ 109,00 por ação.
A Ativa considera que a venda da fatia da PT na Vivo é “praticamente certa”, mesmo que para isso seja necessária uma nova assembleia, caso a anterior, na qual 74% dos acionistas votaram favoravelmente à proposta, não seja considerada válida.
Desdobramentos
Nesse caso, a corretora estima que o próximo passo seja a unificação dos ativos da Telefónica no Brasil, com integração de Vivo e Telesp (TLPP4). Nesse caso, aponta Luciana Leocádio, a Portugal Telecom pode vir a buscar novos ativos no mercado brasileiro, o que beneficiaria também as ações ordinárias da TIM (TCSL3) e da Telemar (TNLP3).
A corretora recomenda compra para os dois papéis citados acima, esperando que as duas companhias possam ser alvo de negociação de compra de controle.