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SÃO PAULO – Ainda que longe das máximas, a bolsa brasileira registrou nesta terça-feira (3) mais uma sessão de euforia, com o mercado repercutindo o Datafolha confirmando a tendência de alta para o candidato do PSL, Jair Bolsonaro (PSL), nas intenções de voto. Se na véspera, o Ibovespa saltou 3,78%, nesta quarta-feira o benchmark da bolsa brasileira saltou 2,04%, após chegar a subir 4,69% na máxima intradiária, acumulado assim ganhos de 5,91% em apenas dois pregões.
Os maiores beneficiados nos dois pregões foram papéis mais sensíveis ao cenário eleitoral e cujos investidores ficam especialmente atentos a um possível cenário de intervenção pelo novo governo. Com a expectativa de um governo mais liberal com Bolsonaro uma vez que Paulo Guedes, o “posto Ipiranga” do candidato, será o nome da economia caso o candidato do PSL seja eleito, as últimas sessões foram de alta especialmente para estatais e bancos, que também possuem uma grande importância na carteira teórica do Ibovespa.
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Aliás, os papéis da Petrobras (PETR3;PETR4) chegaram a saltar mais de 11% logo no início do pregão, para depois amenizarem os ganhos, fechando com ganhos mais modestos de cerca de 4%. Contudo, com os fortes ganhos da véspera, os ativos experimentam alta de cerca de 13% em apenas dois pregões, levando a uma alta expressiva de valor de mercado de R$ 32,75 bilhões no período, para R$ 330,35 bilhões.
Já os papéis da Eletrobras, no mesmo período, experimentaram uma alta de R$ 3,94 bilhões no valor de mercado, para R$ 24,8 bilhões.
Os bancos Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC3;BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3) totalizaram, juntos, um aumento de valor de mercado entre terça-feira e quarta de R$ 57,55 bilhões. Desses R$ 21,6 bilhões vieram do Itaú, R$ 18,5 bilhões do Bradesco e R$ 17,4 bilhões do BB que passaram a ter valores de mercado respectivos R$ 287,7 bilhões, R$ 183 bilhões e R$ 98,2 bilhões.
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Enquanto isso, outros papéis registraram baixa nesse cenário, intensificado pela queda do dólar e pelo aumento da aversão ao risco, com o mercado buscando papéis menos defensivos. Uma das que mais sofreu nesse cenário foi a exportadora Suzano (SUZB3) que, após cair 3,75% na véspera, fechou com perdas de mais de 4,60% nesta sessão. Porém, vale destacar, no ano, os papéis saltam 137%, ante alta de 9% do Ibovespa.