Novas opções para o acordo Embraer-Boeing; 3 recomendações, Petrobras, compliance na JBS e mais 12 destaques

Confira os destaques do noticiário corporativo desta sexta-feira (19)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta sexta-feira (19) é bastante movimentado, com novas opções para o acordo Embraer-Boeing, revisões de recomendações, retomada do leilão do metrô-SP nesta sessão, entre outros destaques. Confira abaixo:

Recomendações

No radar de recomendações, a Vivo (VIVT4) foi rebaixada a ’neutra’ pelo Credit Suisse, com preço-alvo passando de R$ 58 para R$ 56. ” A performance do papel acompanhou de perto o Ibovespa ao longo de 2017, mesmo com um perfil mais defensivo, mas ficou pra trás desde o rali do final de dezembro ate a metade de janeiro. Acreditamos que em um mercado de alta essa tendência deve continuar e, apesar de a Vivo ser uma ótima empresa e com bons fundamentos, o menor crescimento no segmento móvel deve impactar um eventual otimismo com a ação”, informam os analistas. A TIM Participações (TIMP3) é a top pick do setor. 

 Enquanto isso, a Via Varejo (VVAR11) foi elevada a ’compra’ pelo Goldman Sachs, com preço-alvo de R$ 29,40. 

CCR (CCRO3)

Uma das companhias que vai disputar o leilão para a concessão das operações das linhas 5-Lilás e 17-Ouro do Metrô de São Paulo, a CCR recebeu uma boa notícia na noite de ontem. O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, suspendeu a liminar que proibia a realização do leilão, agendado para hoje às 10h (horário de Brasília) na B3. Com a decisão, a licitação poderá ocorrer normalmente.

“A paralisação do certame provocará o retardamento do procedimento licitatório e, por conseguinte, da entrega da operação comercial, em detrimento da expectativa de expansão do serviço público de transporte metroviário à população”, disse o presidente do TJ-SP.

Embraer (EMBR3)-Boeing

Segundo o Valor Econômico, a Boeing e a Embraer avaliam criar uma terceira empresa entre as opções para o acordo entre as duas. Mesmo que a Boeing tenha participação majoritária na eventual nova empresa, a Embraer manteria sua independência, por isso ideia não teria resistência do governo brasileiro. A opção é apenas sugestão levantada nos bastidores e não movimento em andamento pelas partes envolvidas, diz o Valor.

Ontem, a Reuters informou que a Boeing está estudando como superar as condições dos militares brasileiros para conseguir chegar a um acordo com a Embraer. Diante disso, a empresa americana estaria disposta a manter a “golden share” do governo brasileiro e ainda garantiria salvaguardas aos programas de defesa do Brasil, disseram quatro fontes.

 companhia foi obrigada a voltar a fazer um novo planejamento depois que as autoridades brasileiras recusaram na semana passada a ideia de transformar a Embraer em uma subsidiária, como a Boeing opera na Austrália e Reino Unido, segundo a Reuters.

“A Boeing veio para comprar a Embraer, não para uma parceria ou uma joint venture que estaríamos dispostos, mas para assumir o controle da empresa. Isso foi rejeitado”, disse uma das fontes, que é funcionário do governo. “A Boeing que volte com uma nova proposta”, completou.

Ainda segundo uma fonte da agência de notícias, a proposta da Boeing precificaria a Embraer em algo entre US$ 5 bilhões e US$ 6 bilhões. Atualmente, a companhia brasileira tem um valor de mercado de cerca de US$ 4,7 bilhões, o que coloca o “prêmio” sobre o preço atual entre 6,5% e 28%, considerando o piso e o teto proposto pela americana. Por outro lado, há preocupações em Brasília de que, no fim, Washington tenha poder de decisão sobre os programas brasileiros de defesa. A empresa norte-americana estaria disposta a preservar a “golden share” do governo brasileiro na Embraer, disseram as pessoas familiarizadas com o assunto, mas isso pode não ser suficiente para ganhar apoio para a prosposta.

Cielo (CIEL3)

A Cielo anunciou na tarde de ontem, levando as ações a fecharem em alta de 3,33%, a compra de 70% das ações da Stelo por R$ 87,5 milhões. Com isso, a Cielo passa a deter todas as ações da empresa, uma vez que já detinha 30% de participação na companhia de meios de pagamentos.

De acordo com a Cielo, a aquisição da Stelo permitirá explorar novas iniciativas comerciais, como a venda de terminais de captura, por meio de uma marca própria e de uma estrutura independente: “com isso, acreditamos que aprimoraremos nossa estratégia comercial a fim de atender as mais variadas demandas de nossos clientes”, aponta a empresa.

Com a compra da Stelo, a companhia avança ainda mais na venda das “maquininhas”, mercado que foi bastante explorado nos últimos anos pela PagSeguro, sistema de pagamentos de compras que pertence ao UOL. Vale lembrar que a empresa pretende levantar R$ 6 bilhões em IPO (Oferta Pública de Ações) que será precificado na próxima terça-feira (23) na bolsa de Nova York.

No radar do setor, a companhia brasileira de processamento de cartões de crédito Stone estaria planejando realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO) em Nova York no segundo semestre deste ano, diz a Reuters, citando três fontes. A Stone Pagamentos discutiu com bancos de investimento uma operação pela qual levantaria recursos e alguns de seus acionistas venderiam parte de suas participações. A companhia ainda não contratou assessores financeiros. A Stone não comentou imediatamente, segundo a Reuters.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras retomou a produção na plataforma Cidade de Maricá, no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade estava paralisada desde terça-feira devido a um princípio de incêndio. 

A petroleira reiterou que a emergência foi contida com o próprio equipamento de combate a incêndio existente no local e disse que o retorno à produção aconteceu após testes de segurança e liberação da Marinha e reafirmou que as autoridades competentes foram informadas da ocorrência e que uma comissão foi montada para investigar as causas do incidente.

Além disso, a companhia comunicou a elevação do preço da gasolina em 0,7% e redução do diesel em 0,6%, com reajuste válido a partir de sábado (20). 

Usiminas (USIM5)

A Usiminas informou a conclusão do pagamento de um bônus de valor total de US$ 400 milhões de sua subsidiária Usiminas Commercial emitidos em 2008.

Como parte do pagamento (US$ 220 milhões) já havia sido feito, este valor retornará ao caixa da companhia, informou a empresa. 

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BB Seguridade (BBSE3)

 Uma das coligadas da BB Seguridade fez “uma indicação não vinculativa de interesse para distribuir alguns produtos de seguridade pelos canais de distribuição da Caixa”, segundo comunicado em resposta a pedido de esclarecimento da B3.

“Entretanto, considerando a baixa relevância, bem como o caráter não vinculante, não foi identificada necessidade de divulgação a mercado, uma vez que a avaliação de novas oportunidades de diversificação de canais de distribuição se trata de uma atividade rotineira das empresas do conglomerado”, disse a companhia. 

No dia 17 de janeiro, a Coluna do Broad, de O Estado de S. Paulo, disse que BB Seguridade fez proposta não-vinculante para disputar o balcão de seguros da Caixa Econômica Federal. 

Ambev (ABEV3)

A Ambev concluiu a compra de 30% da Tenedora, titular de quase a totalidade da Cervecería Nacional Dominicana, passando a deter agora 85% da companhia.

Anunciada pela Ambev no mês passado, a operação envolveu o pagamento de US$ 926,5 milhões à E. León Jimenez (ELJ), que possui fatia de 15% na companhia.

Prumo (PRML3) e BR Distribuidora (BRDT3)

A Prumo fez acordo com a BR Distribuidora pelo fornecimento de combustível para veículos e quipamentos no Porto de Açu. Um ponto de abastecimento será instalado no Complexo Portuário e Industrial do porto.

 
“A área destinada ao ponto de abastecimento será de aproximadamente 5 mil m² e contará com estrutura de tanques para fornecimento de combustível, para veículos e equipamentos, com venda direta para as empresas instaladas no Complexo Portuário e Industrial do Porto do Açu”, disse a Prumo. Nenhum valor foi divulgado, mas a empresa de logística informou que os custos serão pagos por futuros investidores.

Metal Leve (LEVE3)

O Conselho de Administração da Metal Leve aprovou o plano de negócios para industrialização e comercialização da tecnologia MBE2 de forma a incrementar o processo da produção de etanol de primeira geração.

A companhia iniciará essa operação diretamente ou através de uma controlada, e, espera para o ano de 2018 vendas no montante de R$ 4,9 milhões e investimentos de R$ 12,4 milhões.

RNI (RDNI3)

A RNI divulgou prévia operacional, informando que os lançamentos cresceram para R$ 199 milhões no quarto trimestre ante R$ 18 milhões na base de comparação anual, com três projetos em 2017. A parte RNI nos lançamentos foi de 88%; os projetos foram os únicos lançados no ano. As vendas brutas contratadas ficaram estáveis na base anual em R$ 173 milhões, sendo 93% a parte da RNI. Os distratos foram de 27% das vendas brutas, totalizando R$ 46 milhões. 

Suzano (SUZB3)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a compra de 92,84% do capital social da Fábrica de Papel da Amazônia (Facepa) pela Suzano Papel e Celulose, conforme indica despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 19. O negócio, anunciado em dezembro, custou por R$ 310 milhões à Suzano.

A Facepa produz e comercializa uma vasta lista de produtos de papel, incluindo toalhas de papel, guardanapos, fraldas, papel higiênico e lenços de papel sob diversas marcas, com forte presença no Norte e Nordeste do Brasil. A empresa tem fábricas localizadas em Belém (PA) e Fortaleza (CE) e uma capacidade instalada total de aproximadamente 50 mil toneladas por ano.

A operação aprovada pelo Cade envolve o mercado de papéis sanitários, também chamados de “tissue”, cujo principal produto é o papel higiênico, mas inclui também a produção de toalhas, guardanapos, lenços e outros.  

A Suzano tem duas linhas de produção, em Mucuri (BA) e Imperatriz (MA), com capacidade de 120 mil toneladas de bobinas de papel “tissue” por ano. Essa produção foi iniciada recentemente, em setembro de 2017.

Eletropaulo (ELPL3)

A Coluna do Broad informa que a Eletropaulo já contratou os bancos de investimento que trabalharão em sua oferta subsequente de ações (follow on). O sindicato é formado por JPMorgan, Bank of America Merril Lynch, Itaú BBA e Bradesco BBI. Procurada pela publicação, a companhia reiterou que avalia a possibilidade de realização de uma oferta, “dentre outras alternativas disponíveis para o financiamento de suas atividades”.

JBS (JBSS3)

A J&F, controladora da JBS, está implementando um programa de “compliance” em todas as suas empresas, informa a coluna de Mônica Bergamo, da Folha.  A JBS saiu na frente e já tem uma diretoria independente voltada para essa área, diz o jornal. O responsável por dirigir o “compliance” da holding será o advogado Emir Calluf Filho, com passagens por Philip Morris e International Flavors & Fragrances.

Gol (GOLL4)

Segundo informa a Folha, o Ministério dos Transportes cumpriu decisão cautelar do TCU (Tribunal de Contas da União) e suspendeu nesta quinta-feira (18) a reabertura do aeroporto da Pampulha, na capital mineira, para voos entre Estados. 

A Gol estava com passagens à venda para Pampulha e inclusive já havia programado um voo inaugural para a próxima segunda-feira (22). O Boeing-737/700 da companhia sairia de Congonhas, em São Paulo.  A Gol informou que vai acatar a decisão dos órgãos e suspender o voo. 

(Com Agência Estado) 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.