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SÃO PAULO – O presidente do BC (Banco Central), Ilan Goldfajn, afirmou nesta terça-feira (7), durante evento em Brasília, que a instituição está fazendo seu papel na busca da queda da inflação. “Estamos vendo a inflação caindo e isso permitiu a queda de juros”, comentou durante o Painel Projeto Spread Bancário, promovido pela autoridade monetária em Brasília e que contou com a presença do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e dos ex-presidentes do BC Armínio Fraga e Gustavo Loyola.
Ele afirmou ainda que a autoridade monetária trabalha para gerar uma redução estrutural e sustentável do spread bancário e que anunciará medidas para tanto “quando estiverem maduras”. Goldfajn destacou que o aumento da segurança e das garantias deve guiar a diminuição do spread.
“Na questão da garantia dos empréstimos, nós temos visto que aquelas parcelas do crédito que são mais seguras… elas avançam”, afirmou ele durante seminário sobre o tema. “Então isso nos dá uma dica de uma parte das medidas de onde têm que vir. Elas têm que vir da segurança, de redução da incerteza”, acrescentou.
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Segundo o presidente do BC, as iniciativas em curso para diminuição do spread bancário –diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final– são embasadas num conceito de economia eficiente e focada na produtividade. Além de ajudar na recuperação da atividade, elas devem levar a uma taxa estrutural de juros menor no médio e no longo prazo, complementou.
Henrique Meirelles
Também presente no evento, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicou que em relação ao cadastro positivo, o governo analisa um projeto de lei para instituir adesão automática e exclusão opcional, invertendo dinâmica hoje existente. Meirelles também citou projeto de lei para aperfeiçoamento da legislação que trata da alienação fiduciária, afirmando que o modelo atual abre espaço para muitos questionamentos jurídicos. Em outra frente, a equipe econômica “está avançando bastante” em lei de falência e recuperação judicial para reduzir prazos e custos desse processo, dando mais poderes aos credores e garantias àqueles que decidirem adquirir ativos das companhias em questão, afirmou Meirelles. (com Reuters, Bloomberg e Agência Estado)