GM: plano da Opel de cortar empregos na Alemanha é “inaceitável”, diz autoridade

Líder do estado de Hesse critica decisão da montadora de demitir para controlar gastos; planta na Bélgica tem futuro incerto

Thiago Gomes Amorim

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SÃO PAULO – O premiê alemão do estado de Hesse, Roland Koch, afirmou na última quinta-feira (26) que qualquer plano da Opel de cortar 2,5 mil empregos na região seria completamente “inaceitável”.

A divisão da General Motors é uma das maiores empregadoras de Hesse e o anúncio do possível corte de empregos foi confirmado no mesmo mês em que a GM se recusou a assinar um contrato vendendo a unidade para a Magna.

O cancelamento da venda irritou o governo alemão, que por 12 meses conduziu a difícil negociação entre a norte-americana e a canadense para a venda da Opel. Koch disse que estava decepcionado com a falta de comunicação da GM, “que não está deixando nem os funcionários, nem o governo alemão, confiantes”.

Ameaça de demissões

A GM abandonou as negociações com a Magna por acreditar que conseguiria manter as operações da Opel, realizando uma reestruturação que reduzisse os custos da unidade. Para cumprir o objetivo, entretanto, seria preciso cortar empregos.

Um dos executivos da Opel, Nick Reilly, comunicou a todos – inclusive ao premiê de Hesse – que a GM teria planos de demitir nove mil pessoas na Europa, sendo que metade desses cortes seriam na Alemanha.

Reilly também disse que o futuro da unidade belga na Antuérpia era incerto. Como resposta, o líder do governo local disse que não estava contente com a notícia e com a “confusão de informações” da GM.