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SÃO PAULO – As principais bolsas do planeta seguem sem apresentar uma tendência definida nesta segunda-feira (30). Enquanto os mercados europeus registram desvalorização, o Ibovespa alterna entre perdas e ganhos nesta tarde. Em Wall Street, os índices acionários reportam sinais opostos.
Contribuindo para esta disparidade, o fator Dubai voltou a ganhar forças, após o diretor do Departamento de Finanças do emirado afirmar que o governo não garantirá a dívida de US$ 59 milhões do fundo de investimentos Dubai World. Em virtude desta declaração, os investidores têm adotado uma postura mais conservadora na primeira sessão desta semana.
Contudo, eventos da pauta econômica norte-americana ajudam a amenizar esse clima de apreensão. A produção industrial em Chicago atingiu 56,1 pontos em novembro, ficando bem acima do que foi registrado no mês anterior e superando as projeções dos analistas.
Ainda na principal economia do mundo, o resultado das vendas no varejo na Black Friday – sexta-feira que sucede o feriado de Ação de Graças e que marca o início das vendas natalinas – mostrou uma variação positiva de 0,5% em relação à mesma data de 2008.
Empresas de Eike disparam no pregão
No último pregão deste mês, as ações da MMX (MMXM3) ignoram a cautela dos investidores e opera com valorização de 4,3%, liderando os ganhos do Ibovespa. A mineradora controlada por Eike Batista anunciou um acordo com a Wisco (Wuhan Iron and Steel), através do qual receberá injeção de US$ 400 milhões em troca da concessão de aproximadamente um quarto da participação de seu capital social.
Segundo comunicado emitido pela EBX – controladora das empresas de Batista, o acordo firmado com a Wisco também possibilita a provável construção e operação de uma planta siderúrgica no distrito industrial do porto de Açu, da LLX (LLXL3). Com isso, as ações da empresa avançam 2,97%.
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Outra companhia controlada pelo empresário que reporta um desempenho positivo no pregão é a OGX Petróleo (OGXP3). A empresa anunciou uma nova descoberta de hidrocarbonetos na Bacia de Campos. Desta forma, seus papéis disparam 5,1% na bolsa brasileira.
Hypermarcas
A Hypermarcas (HYPE3) veio a público informar a celebração do contrato de venda e compra de quotas para a aquisição da Pompom. Segundo comunicado, o preço das quotas adquiridas pela Hypermarcas é de R$ 300 milhões, sendo a primeira parcela – R$ 120 milhões – paga à vista nesta segunda-feira. Suas ações avançam 2,63% no pregão.
Bancos pretendem aumentar capital
No setor financeiro, o destaque fica por conta do interesse em expandir o capital. O Bradesco (BBDC4) informou que levará para votação em Assembleia Geral Extraordinária a proposta de aumentar o capital social de R$ 24,5 bilhões para R$ 26,5 bilhões, através da capitalização de R$ 2 bilhões de reservas. As ações do banco operam próximo à estabilidade, com variação positiva de 0,06%.
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Enquanto isso, o Banco do Brasil (BBAS3) afirmou estudar “a viabilidade e conveniência de realização de uma oferta pública de ações, em condições a serem detalhadas em época própria”. As ações da instituição registram queda de 0,94%.
Acordos
Ainda no setor financeiro, o Itaú Unibanco (ITUB4) anunciou a extensão do prazo de exclusividade concedido pela rede varejista Magazine Luiza e a Luiza Cred – financeira detida em iguais proporções pelas duas empresas -, acordo pelo qual terá de desembolsar R$ 250 milhões. Os papéis do banco apresentam perdas de 0,26% nesta tarde.
Por sua vez, a Cemig (CMIG4) concluiu negociações salariais com entidades sindicais. A companhia concordou em reajustar os salários de seus funcionários em 4,88% e em conceder uma participação nos lucros no resultado de 2009 no valor aproximado de R$ 210 milhões. Suas ações avançam 0,96% neste pregão.
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Ofertas
Enquanto isto, o calendário de novas ofertas na bolsa segue movimentado. O prazo para investidores de varejo reservarem os papéis da Anhanguera Educacional (AEDU11) começa nesta segunda-feira e vai até o dia 7 de dezembro. Os ativos da empresa sobem 1,62%.
Já o Fleury anunciou os termos de seu IPO (Initial Public Offering), visando a distribuição primária inicial de 34,3 milhões de papéis ordinários. De acordo com os coordenadores da oferta, o preço por ação deverá ficar entre R$ 15,00 e R$ 17,00.